A cada ano inovações e talentos se destacam na Cantata Natalina do Coral do Tribunal de Justiça do Amapá
Fazer parte de um espetáculo que é puro encanto e magia. Integrar esta sinergia de movimentos e cantos que preenchem de significados profundos a época do ano mais esperada. Contar para filhos e netos que brilhou entre as luzes do Natal, foram sonhos realizados por alguns protagonistas, que subiram ao palco junto ao Coral do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) para a 21ª Cantata Natalina do Acender das Luzes. É sobre as estreias e participações especiais que vamos conversar.
A Diretoria-Geral do TJAP, sob a condução do Diretor Alessandro Rilsoney, apostou na inovação e deu todo o apoio à Assessoria de Comunicação do TJAP, sob a coordenação da jornalista Bernadeth Farias, para a cobertura ao vivo da Cantata Natalina, com transmissão simultânea pela internet, que resultou em uma ampliação da audiência. Enquanto mais de três mil pessoas lotavam a esquina da av. FAB com a rua Gal. Rondon, em tempo real outras milhares de pessoas acessavam as redes sociais do Tribunal para assistirem ao espetáculo.
No palco, a cerimonialista Elainne Juarez participava pela primeira vez do evento. “Está sendo extremamente gratificante, porque eu ainda não havia tido a oportunidade de assistir a Cantata, em função de compromissos profissionais. Foi uma grata surpresa chegar ao TJAP e encontrar toda a programação em andamento, e ter sido inserida no processo é motivo de muita felicidade. A energia é contagiante, a emoção é grande de conduzir este espetáculo de amor e paixão pela música. É fantástico fazer parte do trabalho lindo de dedicação dos servidores e colaboradores da Justiça”, disse a cerimonialista.
E quando as luzes do palco enfim se acenderam para o início do show, compondo a banda base que fez brilhar a apresentação do Coral, um juiz músico, Davi Kohls, que deixou por algumas horas a toga de magistrado para tocar seu sax. “Tocar na Cantata me proporcionou a emoção especial de reencontrar amigos músicos com quem toquei anos atrás. Fui professor de música, minha primeira profissão, e por muitos anos toquei na noite. Além dos amigos, os ensaios e a apresentação me trouxeram de volta à rotina de músico, o que é muito bom”, expressou.
Mateus Meireles, de 21 anos, ex-bolsista e atual estagiário de Direito da Justiça, tem uma história de amor com o Judiciário. Aos 12 anos começou a estudar trompa de harmonia em Vitória do Jari. Aos 16 anos passou a estudar flauta transversal como autodidata, em Macapá. “Tinha uma noção de música, não foi tão difícil, mas a flauta aprendi com a internet e revistas”. Mateus foi o “flautista mágico”, que encantou os integrantes do Coral em um vídeo exibido durante o espetáculo. “Nunca havia tocado em um evento tão grandioso. É maravilhoso ser um instrumento de alegria para as pessoas”. Mateus quer ser diplomata e seguir com a música como terapia.
Na entrada do Coral ao palco, um gesto espontâneo chamou atenção. Um jovem posicionou-se na ponta do primeiro degrau e estendeu a mão, como um cavalheiro, para auxiliar as mulheres, uma a uma, a subirem a escadaria onde os integrantes se posicionavam. Era Rauan Diego Nunes em sua estreia. “Foi um gesto da minha vontade, porque vi a situação que elas estavam, com roupas amplas. Então, resolvi ajudá-las. Tudo me emocionou e me surpreendeu nesta noite maravilhosa”, disse o jovem.
E mais uma surpresa surge logo após o acender da luzes que coloriu o prédio do Judiciário. Era a contadora de histórias e servidora do TJAP Lu Oliveira, manipulando uma boneca de fantoche, Vó Clara, que narrava a história do Natal. “É minha segunda participação no Coral, mas a primeira vez com fantoche. Uma proposta mais ousada e uma experiência nova pra mim também. Gravei o áudio com antecedência e no palco fiz a manipulação dos bonecos”, revelou Lu.
Quando a plateia já estava imersa na harmonia das vozes, que cantavam em coro as mensagens de Natal, surge no centro do palco um jovem de voz poderosa, cabelos soprados pelo vento e uma alegria na expressão, que elevou ainda mais a emoção cantando “Noite Santa”.
“Houve uma construção para eu estar ali, cantando, naquela noite! Conheci a regente Leandra Valério no coral infantojuvenil há oito anos, e tenho experiência com piano devido aos estudos no Centro Profissional de Música Walkiria Lima. Hoje curso Licenciatura em Música na UEAP, onde tive a oportunidade de conhecer várias pessoas, dentre elas a coordenadora do Coral do TJAP, Nilce Lima. Recebi o convite para participar no ano passado, quando duetei com Cindy Balieiro, representando a Sagrada Família”, contou o solista Wallace Werrine.
E “Chegou o Natal”, mais uma linda canção que mereceu destaque de duas solistas, Cindy Balieiro e a jornalista Márcia Fonseca: “O Natal se aproxima / Quanta alegria, quanta emoção / Porque além das festas / Há uma história bela / De Jesus o Salvador / Ouça o Pai chamando / Vem recebe a benção / Meu imenso amor por ti / Em Belém, deitado numa manjedoura Está Jesus, o Salvador...”.
A formação infantojuvenil do Coral sempre é um destaque à parte, mas este ano brilhou ainda mais com o solo afinadíssimo de duas meninas, Luana Gomes e Ana Laura, que encheram o ar de graça cantando o clássico “Allelluya”, com acompanhamento ao violino da professora de música Rafaela Cordeiro: “De novo a flor no jardim cresceu, e o Salvador novamente nasceu, e dessa vez Ele veio pra ficar / A Esperança nos redimiu, a luz do sol no horizonte surgiu... Allelluya”.
Então aconteceu o ponto mais alto do espetáculo. Uma junção de talento, canção de domínio público e a alegria da mensagem. “Happy Day”, lindamente interpretada pelo estreante no Coral do TJAP, Nicolas Nelis. “Faço canto lírico no Centro Profissional de Música Walkiria Lima e já tenho uma carreira como cantor popular. Mas, esta é a minha primeira apresentação assim para um grande público. Essa música foi escolhida pela maestrina Leandra Valério, que me conhece desde criança. Meu sonho é representar cada vez melhor o nosso estado, levando a nossa cultura para fora do Amapá”, disse o solista.
“Então é Natal”, a tradicional canção ganhou mais brilho no solo de Tatyane Sena. “A canção tem uma letra forte, que nos confronta e nos faz querer mudar e ajudar mais as pessoas. E foi por este motivo que me senti extremamente honrada, por receber o convite da maestrina Leandra Valério para cantá-la, uma vez que esta música tem um significado muito especial pra mim, pois marcou momentos maravilhosos em minha vida”, contou Taty.
Márcia Fonseca retornou ao palco como solista no 3º ato do espetáculo, desta vez em dueto com Paulo de Tarso, cantando “Imagine”. “Cantar Imagine nesse momento de Natal traz a mensagem do autor, John Lennon, que nos sugere imaginar um mundo onde as pessoas não vivem divididas em países, onde não haja grades ou fome, onde as pessoas vivam como irmãos. No Natal, momento em que nossa sensibilidade aflora, essa mensagem incentiva a olhar para o lado e ver as pessoas com olhos de empatia”, declarou Paulo.
O solista e músico Paulo de Tarso contou ainda que “logo que acabou a Cantata uma senhorinha que estava vendendo água no entorno se aproximou e, depois de tecer alguns elogios, perguntou se poderia dar um abraço”. Paulo conteve as lágrimas. “Senti que minha missão naquela noite fora cumprida, pois realmente essa é a mensagem de Imagine. Não só cantei, mas consegui sentir o que cantei naquele momento”, complementou.
O final do espetáculo contou ainda com a emoção da doce despedida, daquela que há 14 anos se dedica com amor ao Coral do TAJP, sua presidente Nilce Lima, que recebeu poema do colega Manoel Vidal e flores do desembargador-presidente João Lages. Além dos merecidos abraços dos amigos, Nilce ganhou um beijo apaixonado de seu marido, Ângelo , que também integra o Coral. O amor estava no ar e tomou conta da 21ª Cantata Natalina do Tribunal de Justiça do Amapá.
E o Coral do TJAP, que em 2020 vai comemorar seu Jubileu de Prata, ganhou de presente antecipado uma linda e inédita canção de Natal, que fechou a gloriosa apresentação de domingo. O compositor gospel Flávio Santos dedicou “Natal! Momento Especial!” ao coral amapaense, elevando o espírito regionalista na letra que diz: “tempo de conciliar Justiça, paz e perdão / Tempo de amar e unir nossas mãos pra juntos aqui celebrar o Natal”. A convida: “vamos brilhar e inspirar o Amapá, do Oiapoque ao Jari / É tempo de compartilhar a luz que vem de Jesus / Vamos brilhar e inspirar o Amapá / Com chuva ou sol é Natal!”.
- Macapá, 10 de dezembro de 2019 –
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Terça, 10 Dezembro 2019 15:12