Comarca de Santana realiza Ação de Sensibilização do Projeto “A Própria Ação de Vida”
O Plenário do Fórum de Santana foi palco, por toda a manhã de sexta (06/09), do Encontro de Sensibilização do Projeto "A Própria Ação de Vida". Com iniciativa da titular da 2ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Santana, juíza Eliana Pingarilho, a ação visa oportunizar às pessoas envolvidas com uso abusivo de drogas uma participação em medidas alternativas nas esferas processual e terapêutica – é a chamada JustiçaTerapêutica.
Voltado para um público de magistrados, promotores, defensores públicos, servidores da Justiça e do Ministério Público, além de parceiros e acadêmicos de psicologia, o evento busca cobrir diversos aspectos do atendimento e entendimento de adictos, ou pessoas com vícios, abordando de forma interativa os pontos de vista terapêutico, jurídico e de saúde que envolvem o abuso de substâncias psicoativas.
Segundo a juíza Eliana, esse é apenas o primeiro momento da ação, pois um dos principais objetivos desse projeto é propiciar às pessoas com vícios e que atualmente são partes em processos – e, portanto, precisam da intervenção da Justiça para decidir aspectos de suas vidas – possam tomar de volta as rédeas de seus respectivos destinos, com equilíbrio e responsabilidade, seguindo as leis e respeitando suas famílias e a comunidade em que vivem.
“Esperamos, além de oferecer esse apoio a mais que o usuário e sua família precisam para resolver a questão já judicializada, evitar o agravamento de novas situações também derivadas do problema do vício que tenham potencial para ingressar no sistema de justiça”, complementou.
A magistrada acredita que no momento em que se ajuda um usuário dependente de substâncias psicoativas a tratar o problema “tem-se um impacto na judicialização de demandas decorrentes desse abuso, pois o vício desencadeira atos que podem repercutir em praticamente todas as áreas da Justiça”, como varas criminais, cíveis e de família, por exemplo.
A psicóloga Elizabeth Guedes, que integra o Núcleo Psicossocial de Santana e divide com a magistrada a condução do projeto, acredita que a Justiça Terapêutica e este projeto em específico podem contribuir muito para a Justiça do Amapá. “Precisamos pensar na psicologia dentro do âmbito jurídico, trabalhando via três caminhos principais: sensibilização de parceiros, capacitações, e finalmente o acompanhamento e acolhimento das demandas, sempre com apoio de outros atores da rede de apoio, o que perpassa as esferas estadual e municipal de saúde, por exemplo”, detalhou.
A psicóloga especialista em álcool e drogas Adriele Sussuarana, que integra o quadro da Secretaria Estadual da Saúde e atuou como facilitadora neste encontro, defende que esta abordagem proposta no evento representa um viés de entendimento do vício não tanto como uma questão de segurança, mas de saúde pública. “É extremamente importante que as instituições se empenhem em iniciativas como esta, pois é a partir da capacitação de profissionais de cada instituição aqui recebida que se promove uma maior compreensão desse fenômeno, no sentido de que além do sintoma do abuso de substâncias psicoativas, há uma circunstância anterior de dor e sofrimento”, defendeu.
- Macapá, 06 de Setembro de 2019 -
Assessoria de Comunicação Social
Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial
Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá
You Tube: TJAP Notícias
Flickr: www.flickr.com/photos/tjap_oficial
Instagram: @tjap_oficial
Programa Justiça por Elas- Rádio 96.9 FM
Programa Conciliando as Diferenças- Rádio 96.9 FM
Programa Nas Ondas do Judiciário- 630 AM
Programa Justiça em Casa- Rádio 96.9 FM
Programa Justiça Contando Histórias- Rádio Difusora
- Detalhes
- Criado: Sexta, 06 Setembro 2019 15:59