Programa de Mediação Escolar do TJAP capacita 30 estudantes na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida

O Programa de Mediação Escolar e Social do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) iniciou mais um curso Aluno Conciliador, nesta terça-feira (03/08), na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida, localizada no bairro Buritizal. Realizada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec/TJAP), a capacitação reúne 30 representantes de turmas para que aprendam técnicas de mediação e conciliação, capacitando-os para melhor atuar diante de conflitos nas salas de aula. O curso prossegue até o dia 21 de setembro.

Dividido em três módulos, o curso envolve professores, alunos e membros do Núcleo de Mediação e Práticas Restaurativas da escola. O objetivo principal é promover a pacificação do ambiente escolar, e mesmo familiar de cada envolvido, por meio de ferramentas que facilitam o diálogo, o respeito ao ponto de vista do outro e do empoderamento das partes de um conflito.

Euzinete Bentes, supervisora do Programa de Mediação Escolar, informa que este é o terceiro curso, com edições anteriores na Escola Estadual Coelho Neto; e há previsão de um quarto curso na Escola Estadual Antônio Cordeiro Pontes. “Este ensinamento tem grande potencial para mostrar aos jovens métodos que possam ajudá-los a pacificar qualquer ambiente no qual interajam, seja escolar, familiar ou junto à comunidade em que vivem, abrindo caminho para que se tornem cidadãos melhores e mais conscientes”.

A supervisora informa ainda que há casos surpreendentes, como o de estudantes que eram causadores frequentes de conflitos, influenciando outros colegas negativamente, e hoje atuam como ouvidores escolares, captando e repassando a dor do próximo à equipe do Núcleo de Mediação. “Muitos casos são mais sutis, mas tenho certeza de que são sempre positivos e que estamos fazendo a diferença na vida desses meninos e meninas”, destacou.

Mateus Cardoso (13), representante de turma do 7º ano do ensino fundamental, sonha em ser professor de educação física. No primeiro dia de curso já tem boas impressões. “As técnicas de conciliação e práticas restaurativas podem nos ajudar bastante em todos os grupos que interagimos, mas principalmente em sala de aula, e já testemunhei pessoalmente essa solução negociada por meio do Núcleo de Mediação da escola”, garantiu.

Outra estudante a participar do curso é a ouvidora Ane Beatriz (15), que integra o projeto Ouvidores do Meio do Mundo na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida.

“O curso e essa função me ajudaram muito, pois entendo melhor o que as outras pessoas passam e como posso ajudar a melhorar a vida de todos ao meu redor, o que deve inclusive me ajudar e ser uma profissional melhor quando entrar para o mercado de trabalho”.

A professora Lucila Diniz, coordenadora do Núcleo de Mediação e Práticas Restaurativas, disse que “os alunos estão muito interessados no curso e no que ele pode ajudá-los, e esse posicionamento de procurar a solução por meio do diálogo fica claro e virou hábito quando procuram nossa ajuda no Núcleo”, revelou.

Segundo o psicólogo Wisley Soares, que atua como voluntário no Núcleo, “com essas técnicas todos vão trabalhar a resolução amigável e sadia de conflitos, não só dentro de sala de aula, mas também em casa e na comunidade em que vivem”, complementou.

A professora Tatiane Galvão Monteiro, mediadora e professora de ensino religioso, disse que as técnicas aprendidas efetivamente aprimoram o comportamento dos alunos. “Eles se empoderam e passam a resolver seus próprios conflitos, mas também a multiplicar esse conhecimento e o benefício trazido por ele aos seus colegas”, completou.

- Macapá, 03 de Setembro de 2019 - 

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Terça, 03 Setembro 2019 13:29