Juíza Sígret Vianna, do TJ do Paraná, se encanta com a generosidade do povo ribeirinho na 136ª Jornada Fluvial ao Bailique

juizasigret (11).jpgNo dia 25 de agosto, a juíza Sígret Vianna, titular da Vara dos Juizados Especiais Cível, Criminal e de Fazenda Pública de Rio Branco do Sul, no Paraná, embarcou em uma aventura que há mais de 20 anos leva justiça e cidadania às populações ribeirinhas do Amapá. A magistrada paranaense acompanhou a 136ª Jornada Fluvial do Programa Justiça Itinerante até o Arquipélago do Bailique, na foz do Rio Amazonas, e definiu a experiência como um projeto que leva “cidadania a um povo que não tem acesso a quase nada, mas que traz enraizado em si uma generosidade incrível”. (ACOMPANHE AQUI A CARTA DE AGRADECIMENTO DA JUÍZA)

juizasigret (15).jpgO trajeto até a comunidade de Vila Progresso, sede do Arquipélago, compreende 12 horas de barco pelo Rio Amazonas. A itinerância leva juiz, promotor de justiça, Defensoria Pública, servidores e diversos outros colaboradores com cadastro em programas sociais, atendimentos por conselheiros tutelares, orientações de saúde, cursos de conciliação e mediação, entre outros serviços. “Além disso, realizou-se previamente uma bela campanha de arrecadação de roupas e brinquedos que foi capaz de levar um pouco de conforto e alegria àquela gente sofrida”, conta a juíza em carta de agradecimento à desembargadora Sueli Pini, vice-presidente do TJAP, que por mais de uma década coordenou a jornada.

“Muito mais que engrandecimento profissional, esta itinerância me permitiu o crescimento pessoal. Vivenciar uma realidade tão diferente da que encontramos no centro-sul deste vasto país foi enriquecedor”, informou a magistrada na carta, acrescentando que “o que se verifica em localidades como a visitada é que a presença do Estado está muito aquém da que se espera”.

Ajuizasigret (17).jpgs observações partiram da constatação de que as comunidades ribeirinhas não recebem água tratada suficiente; contam com apenas um posto de saúde, “no qual médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos se desdobram para fazer o seu melhor com as poucas condições de que dispõem”. Não há energia elétrica adequada, sendo frequentes as interrupções no fornecimento, “que prejudicam não só o dia a dia dos moradores (muitos eletrodomésticos queimam), mas também a escolaridade (há computadores que não podem ser usados) e a saúde pública (não há como armazenar soros e vacinas)”, pontuou.

O transporte escolar feito em lanchas ou barcos também saltou aos olhos da juíza Sígret Vianna, que destacou serem “as escolas impecáveis, que chamam atenção pelo zelo e capricho com que seus diretores as mantêm”. De acordo com a magistrada, “apesar da presença bastante restrita do Estado, o que se viveu naquele lugar foi um calor humano reconfortante”.

juizasigret (1).jpgNa carta, a magistrada também destaca o trabalho da equipe de itinerância, ressaltando ser “de uma grandeza e sensibilidade de difícil descrição, com pessoas que se doam, que saem do conforto dos seus lares e passam cinco dias dormindo em redes num barco e trabalhando incansavelmente para fazer com que a Justiça e a dignidade se façam um pouco presentes àquela população”.

Após dois dias de atendimento e visitas, a juíza sofreu um pequeno acidente que culminou com a ruptura total do Tendão de Aquiles. Mesmo assim, não poupou elogios à hospitalidade do lugar. “Em razão da gravidade da lesão, e da pouca estrutura local (apesar do pronto e eficiente atendimento), precisei de um encaminhamento mais rápido à terra firme, ganhando mais uma nova e emocionante experiência: um sobrevôo de helicóptero sobre a Amazônia”, contou.

juizasigret (16).jpgEm seu relato, “o que se seguiu, a partir daí, foram demonstrações de amor e afeto que engrandeceram ainda mais esta jornada amazônica, desde o carinhoso atendimento dos profissionais do posto de saúde, ao cuidado e generosidade demonstrados pela equipe do Grupo Tático Aéreo (GTA), à atenção e preocupação dos amigos de itinerância”.

Grata pela experiência, a juíza disse ainda que esta vivência encheu seu coração e sua alma de alegria e satisfação. “Descobri que apenas pessoas ímpares abdicam do seu para fazer pelo outro, pelo povo desconhecido, por uma curitibana desconhecida e curiosa que estava lá pra viver uma realidade distante da sua. Só seres generosos são capazes de dar amor sem receber nada em troca, além de gratidão”, revelou.

Retornando para seu estado com uma cirurgia na mala, uma bota de gesso que a acompanhará por 60 dias, “mas com o coração repleto de gratidão, de amor e de orgulho do ser humano”, ela afirmou: “Sempre estou na hora certa e no lugar certo e que tudo o que acontece tem uma razão de ser. Sigo na minha velha máxima de que o Universo tem seus próprios planos”.

- Macapá, 03 de Setembro de 2019 –

 

Assessoria de Comunicação Social

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