Fórum de Macapá abre as portas no sábado para realizar Mutirão de Conciliação com 100 audiências agendadas

ENCERRAMUTSABADO (1).JPGA Central de Conciliação do Fórum Desembargador Leal de Mira, sede da Comarca de Macapá, ficou lotada por todo o sábado, quando recebeu um Mutirão de Conciliação com 100 audiências marcadas. Entre os conflitos tratados ao longo do mutirão estavam: pedidos de pensão alimentícia; guarda judicial de filhos; renegociação de dívidas; ressarcimento de passagens aéreas, dentre outros.

ENCERRAMUTSABADO (26).JPGNo primeiro acordo homologado do dia, Fabiana de Souza e Fábio Wendel conseguiram não apenas solucionar, mas rir juntos após o acordo. Segundo Fabiana, “foi muito bom receber esse apoio e resolver a questão”, relatou, acrescentando que “são profissionais muitos bons, muito capacitados, que souberam nos atender e compreender o que estamos passando”.

“Eu com certeza recomendaria a amigos, familiares e conhecidos a busca pela conciliação antes de transformar a situação em um processo”, concluiu.

ENCERRAMUTSABADO (44).JPGFábio, também sem entrar em detalhes no conflito, disse: “concordo com a conciliação como solução, pois se o acordo for amigável é melhor para os dois lados e se dependermos do juiz eles podem ser até mais rigorosos do que queremos”, acrescentando em seguida que “me senti participando de fato da solução”.

A conciliadora Marinete de Almeida Souza, servidora do Juizado Criminal de Macapá e uma das alunas do curso, registrou que ficou feliz e orgulhosa de ter ajudado a concluir positivamente a primeira conciliação do mutirão. “Como profissional, no Juizado Criminal, já fazemos conciliações, mas com o curso aprendemos a aprimorar esse trabalho e facilitar a busca por uma solução amigável”, registrou Marinete, acrescentando que “na vida pessoal também ajuda, pois estamos mais preparados para investigar e encontrar as necessidades de cada envolvido”.

ENCERRAMUTSABADO (40).JPGGenner Moreira, técnico judiciário do TJAP, também foi ao mutirão como parte de um conflito e encontrou a solução. “Preciso registrar meus parabéns aos conciliadores, pelo seu preparo técnico e sua capacidade de nos ajudar a encontrar uma solução com tanta competência. Tinha um conflito recente, mas a situação foi resolvida e chegamos a uma solução barata não só para nós, mas também para os cofres públicos”, concluiu.

ENCERRAMUTSABADO (35).JPGA desembargadora Sueli Pini, que coordena a política de conciliação na Justiça estadual, ressaltou que os casos tratados ao longo do mutirão são tanto os já judicializados, ou conflitos processuais, quanto os ainda não judicializados, ou pré-processuais.

“Em ambos os casos, quando ajudamos as partes a construírem, juntas, uma solução, a conciliação e a mediação possibilitam economia de recursos para todos os envolvidos e para a própria Justiça”, declarou a desembargadora Pini, acrescentando em seguida que “o maior ganho, ao final, é a paz de espírito para as partes”.

SOBRE O CURSO

ENCERRAMUTSABADO (39).JPGMinistrado pelo presidente do Comitê de Práticas Restaurativas do TJAP, desembargador Carmo Antônio de Souza, e pela assessora jurídica e professora de mediação e conciliação do Nupemec/TJAP, Sônia Ribeiro, o curso segue critérios de reconhecimento pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A agenda concentrada do sábado (31) integrou as aulas práticas do Curso de Conciliação para Magistrados e Servidores, realizado em parceria com Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Conflitos (Nupemec/TJAP) e a Escola Judicial do Amapá (EJAP), durante a segunda quinzena de agosto.

ENCERRAMUTSABADO (19).JPGSegundo o desembargador Carmo Antônio de Souza, que preside o Comitê de Práticas Restaurativas do TJAP, “especialmente no novo Código do Processo Civil, a política de mediação e conciliação foi definitivamente inserida no contexto da solução de conflitos no Brasil”. “Nenhum processo pode mais ser instaurado sem a tentativa prévia de conciliação, e isso surge da percepção de que muitas vezes a solução sentencial não traz satisfação nenhuma para as partes e muitas vezes não resolve o problema”, complementou.

ENCERRAMUTSABADO (49).JPG“Como na mediação e na conciliação são as próprias partes que constroem a solução, apenas conduzidas ou apoiadas pelos profissionais treinados em técnicas comprovadas, as estatísticas têm demonstrado que o resultado é mais efetivo e duradouro que muitas sentenças, inclusive restaurando uma boa relação entre as partes”, acrescentou o desembargador Carmo Antônio.

ENCERRAMUTSABADO (28).JPGO juiz Julle Anderson Mota, titular da 2ª Vara de Competência Geral de Laranjal do Jari, foi um dos magistrados formados no Curso de Conciliação e elogiou a experiência. “Entendo que o servidor e o magistrado incumbidos de uma decisão judicial precisam estar sempre capacitados para promover e estimular uma solução amigável, pois é uma oportunidade a mais de promover a pacificação social”, defendeu.

“Quando você realiza uma mediação ou conciliação você transfere esse poder de resolver a questão às partes, com o conciliador, seja juiz ou servidor, funciona ali como um facilitador técnico, mas são os envolvidos que de fato constroem a solução”, concluiu.

- Macapá, 02 de Setembro de 2019 -

Assessoria de Comunicação Social
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