Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Santana planeja ações para 14ª edição da campanha Justiça pela Paz em Casa
"Se a gente chega perguntando sobre violência, 'você foi vítima?', a primeira resposta é 'não', mas após questionar sobre a convivência e relacionamento familiar, então começam a surgir os relatos; e são relatos graves como tapas, apertos no pescoço, socos, limitações e ameaças tipo: você não pode visitar sua família, nem estudar, ou trabalhar”, diz a Juíza Michelle Farias, titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Santana. A magistrada explica que muitas mulheres não têm consciência de que determinadas ações do companheiro são consideradas violência. E alertá-las sobre isso é um dos objetivos da campanha Justiça pela Paz em Casa, que chega a sua 14ª edição.
Nesta sexta-feira (02), a equipe do Juizado esteve reunida para traçar as ações que serão realizadas na Semana Nacional que ocorrerá entre os dias 19 a 23 de agosto. As atividades contarão com rodas de conversa e palestras em parceria com o Centro de Atendimento a Mulher (CRAM), a serem realizadas nos bairros Paraíso e Nova Brasília, os quais apresentam o maior índice de processos na área.
O trabalho multidisciplinar exercido pelo Núcleo Psicossocial do Juizado é essencial e visa abraçar a família e promover em primeira instância a educação, assim incentivando a saúde e paz no lar. Um dos focos, atualmente, são os homens, que em sua maioria são os protagonistas dos episódios de violência.
A assistente social Janice Divino esclarece que o primeiro passo é "que ele se reconheça, e busque mudar de postura e atitude". Ela acredita que o projeto tem contribuído para diminuir a reincidência das agressões. "O homem tem retornado ao nosso projeto com novas atitudes", celebra.
“O aprimoramento de várias leis que dão suporte a defesa da família e da mulher tem trazido melhoria apesar de que, infelizmente, os efeitos ainda não alcancem todos os municípios brasileiros", diz a juíza Michelle Farias. Ela defende que o trabalho de difusão “vá mais às comunidades, com círculos de diálogo para prevenção, conscientização e divulgação da lei Maria da Penha”.
A magistrada conclui informando que a semana da ação tem como objetivo realizar mais julgamentos e dar maior celeridade aos processos. "Temos normalmente 30 processos julgados semanalmente. Mas, na semana da campanha nacional realizamos 40 a 50 audiências e tentamos, principalmente, realizar mais julgamentos para trazer uma resposta mais efetiva à sociedade", finalizou.
- Macapá, 05 de Agosto de 2019 –
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Segunda, 05 Agosto 2019 03:48