Programa “Nas Ondas do Judiciário: um rio de informações” desta sexta (24) tem como tema a Adoção

ondasadocao (1).jpgÀs vésperas do Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio, a desembargadora Sueli Pini (presidente em exercício do TJAP), mãe de oito filhos adotivos, faz um apelo aos prefeitos e ao governador do estado para que editem legislações criando o “Abrigamento Familiar”. O tema foi abordado durante entrevista ao programa “Nas Ondas do Judiciário – um rio de informações”, que vai ao ar nesta sexta-feira (24), às 11 horas, pela Rádio Difusora de Macapá (630 AM).

ondasadocao (2).jpgA magistrada defende o fim dos abrigos e orfanatos e a criação de um modelo mais humanizado e menos caro de abrigamento, que é feito em famílias cadastradas e acompanhadas pelo poder público. Observando que muitas crianças permanecem em abrigos por toda uma existência, a desembargadora defende “que os abrigos e orfanatos acabem e as crianças e adolescentes sejam abrigadas em famílias cadastradas pelo município, mesmo famílias simples, mediante uma ajuda financeira para a manutenção destas crianças, ou famílias voluntárias, que dispensem esta ajuda”.

“Desta forma, estas famílias poderiam abrigar crianças e adolescentes durante um período determinado, enquanto a Justiça trata da situação jurídica e familiar desses jovens”, explicou a desembargadora.

Detalhando seu apelo, a magistrada evidencia que “no abrigo a criança vai ter um teto, alimentação, cuidados básicos, mas sem laços de família”. Lembra ainda que “os cuidadores se revezam em plantões e, muitas vezes, não permanecem durante todo o período em que os internos passam ali, pois são exonerados ou transferidos, prejudicando essas crianças que ficam perdidas no aprendizado da criação dos vínculos afetivos”.

Segundo a desembargadora Sueli Pini, o custo para os municípios seria infinitamente menor do que é utilizado hoje para manutenção dos abrigos. “Ficaria mais barato, mais eficiente e mais humano. Estamos falando de crianças e adolescentes que não são infratores, mas que foram abandonados por suas famílias ou foram retirados delas pelo aparato judicial porque estavam em grave risco. Não cometeram crime nenhum, então, por que têm que ficar praticamente aprisionadas em abrigos?”, destacou.

Esse abrigamento seria um passo anterior à adoção definitiva, que continuaria respeitando os critérios estabelecidos pela Lei. “Adoção é um assunto que todos têm que falar, interessa a todo mundo. É difícil conceber uma pessoa sem uma família como referência. Não ter patrimônio, emprego, formação já é muito ruim, mas ninguém pode crescer e se desenvolver de forma plena sem ter uma família como fonte de referência”, defende a magistrada, enfatizando ainda que “se uma pessoa nasceu e por alguma razão não pôde ser criada por sua família originária, a sociedade inteira precisa trabalhar, 24 horas inclusive, para que esta pessoa encontre um seio familiar”.

Convidando todos para a 6ª Caminhada Anual da Adoção, que será realizada neste sábado (25), com saída da Praça Barão do Rio Branco, a magistrada lembrou que “nem todos têm perfil para adotar e ninguém tem que se sentir culpado por isso, mas falar sobre adoção, todos devem falar e uma boa oportunidade será a Caminhada”.

A magistrada destaca ainda que “não é só o gesto de caminhar, mas o atendimento a um chamado para que todos falem juntos sobre adoção, pois os abrigos estão abarrotados de crianças esperando uma família. Trata-se de uma legião de crianças na invisibilidade e a caminhada ajuda a mostrar que elas existem e tem urgência”.

- Macapá, 24 de maio de 2019 -

Assessoria de Comunicação Social
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