Presidente do TJAP visita Campus Binacional da Unifap em Oiapoque e conversa com acadêmicos de Direito
O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), desembargador João Guilherme Lages, conheceu, na última sexta-feira (03), as instalações do Campus Binacional da Universidade Federal do Amapá (Unifap) em Oiapoque. A visita foi motivada pela participação de acadêmicos e professores do Curso de Direito na unidade na Audiência Pública realizada no mesmo dia no fórum daquela comarca. Acompanhado pelo juiz auxiliar da Presidência, Paulo Madeira, o desembargador-presidente foi recebido pelos professores de Direito Penal Nilton Torres dos Santos Cruz e Alexandre Marcondes Ribeiro Portilho, que mostraram a estrutura do campus e conversaram sobre as peculiaridades do ensino superior na região.
Em conversa com a turma de Direito, o desembargador Lages apresentou aos acadêmicos a proposta do Encontro Transfronteiriço do Judiciário - Brasil/França, a ser realizado em setembro ou outubro de 2019. “Estamos dependendo de agenda do ministro Dias Toffoli para determinar uma data exata, mas o evento vai acontecer no segundo semestre e tem como objetivo aproximar mais a atuação dos judiciários de ambos os países, além das instituições de segurança, para aprimorar o nosso trabalho nesta região tão singular que é a fronteira”, comentou o magistrado.
“A pauta é vasta, as demandas são variadas, mas acreditamos que esse gesto e essa aproximação são fundamentais para promover a qualidade de vida dos que aqui residem, mas também para promover um crescimento regional sustentável e mútuo”, complementou. “Outras instituições deram sinais de ação neste sentido e o Poder Judiciário não poderia ficar de fora”, acrescentou.
Após apresentar diagnóstico sobre as condições econômicas da cidade de Oiapoque, o magistrado garantiu aos acadêmicos presentes que o município deles é um dos que mais cresce no estado. “Estive em Saint George há 12 anos e fui ontem novamente. É uma cidade que não mudou quase nada. Em contrapartida Oiapoque cresceu, e muito, no mesmo período, o que apenas demonstra que há um potencial ainda maior e que, com ele, a Justiça deve estar preparada para dar conta”, defendeu.
Ciente das limitações que o curso de Direito possui em Oiapoque, e na condição de professor do curso de Direito da Unifap em Macapá, propôs a realização de eventos, pesquisas e parcerias unindo os dois campi e o Tribunal em benefício dos acadêmicos ali presentes.
Entre as preocupações demonstradas por acadêmicos e professores, ficou marcada a que diz respeito à manutenção do Campus Binacional da Unifap. “Além da situação grave com o corte de verbas e limitação de salas – atualmente a unidade tem oito cursos, mas apenas cinco salas de aula – ainda temos dificuldades com a internet”, registrou o professor Marcondes. “Nossa conexão de internet é até melhor que em outros lugares da cidade, mas cai com tanta frequência que não podemos fazer videoconferência e outras atividades online”, acrescentou.
Apesar das dificuldades, o professor Nilton relatou importantes conquistas, como a aprovação de estudantes do curso no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), concurso para delegado da polícia civil e oficial de justiça. “Também temos impacto importante na formação de cidadãos das comunidades indígena e quilombola locais, com processo seletivo específico”, registrou o professor.
O desembargador-presidente pediu para que os professores não desistam de lutar. “Antigamente as perspectivas aqui eram muito restritas, mas com a presença da Unifap em Oiapoque os moradores, especialmente os jovens, sonham com a entrada na universidade, e isso é muito importante para a autoestima da população e para o futuro de toda a comunidade local”, observou.
- Macapá, 07 de maio de 2019 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Terça, 07 Mai 2019 09:37