Conciliação Familiar no Cárcere: Experiência pioneira do TJAP é apresentada no 2º Simpósio de Melhores Práticas em Solução de Conflitos

samianilce (1).jpeg O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) se fez presente no 2º Simpósio de Melhores Práticas em Solução de Conflitos, que aconteceu nos dias 27 e 28 de março de 2019 no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). Na ocasião as servidoras Sâmia Waldeck, supervisora do CEJUS 2º Grau, e Nilce Helena Ferreira, coordenadora do programa Conciliação Itinerante apresentaram a boa prática “Constelação Familiar no Cárcere”, desenvolvida pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) com internas da ala feminina do IAPEN.

samianilce (3).jpeg O simpósio ocorre a cada trimestre, com a finalidade de trocar experiências acerca dos programas e atividades realizadas por cada NUPEMEC, órgão presente em todos os tribunais do país. A iniciativa é do TJDFT, da Secretaria Nacional de Justiça - SNJ, da Secretaria Nacional do Consumidor - Senacon e do Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP.

A experiência de Constelação Familiar Sistêmica com as mulheres que cumprem pena no IAPEN tem sido realizada pela equipe do NUPEMEC/TJAP em cooperação com o Ministério Público do Estado e com a administração da instituição prisional.

samianilce (4).jpeg “Os encontros promovem o autoconhecimento, trabalham a responsabilização das participantes pela prática delitiva para uma mudança de comportamento diante da vida”, explicou Nilce Helena. De acordo com a conciliadora, a boa prática relatada pela equipe do Amapá no Simpósio é pioneira no Brasil. “É a primeira experiência de Constelação Familiar no Cárcere desenvolvida por um Tribunal Estadual e a receptividade entre os demais foi muito boa”, pontuou Nilce.

Sâmia Waldeck relatou que “o trabalho é feito de forma paralela com agentes e educadores penitenciários, segmentos que também vivenciam os conflitos da vida no cárcere, e que têm um papel muito relevante na construção de soluções para uma convivência cada vez mais humanizada”.

samianilce (6).jpeg Além de expor a experiência amapaense, as colaboradoras do TJAP tiveram a oportunidade de conhecer, discutir e trocar conhecimentos com membros dos demais tribunais do país acerca das melhores práticas, com vistas a disseminar a cultura de desjudicialização, evidenciando como na prática os efeitos positivos e futuros da cultura de paz na sociedade podem ser observados.