Projeto Diálogos entra no segundo módulo formando educadores da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente
Teve início na segunda-feira (21) e encerra nesta sexta-feira (25) o 2º Módulo do Projeto Diálogos, uma iniciativa do Juizado da Infância e da Juventude – Área de Políticas Públicas, abraçada pela Escola Judicial do Amapá (EJAP). Com aulas teóricas e práticas, o projeto credencia educadores, monitores e agentes do sistema socioeducativo de Macapá nas técnicas de Justiça Restaurativa.
Ângela Martins, pedagoga do Juizado, explica que este segundo módulo “é mais vivencial, quando são exercitadas de forma mais freqüente as ferramentas apresentadas no primeiro módulo”. Como exemplo destas ferramentas, Ângela citou a Comunicação Não Violenta, processo desenvolvido por Marshall Bertram Rosenberg que define relações de parceria e cooperação por meio de diálogos baseados em valores comuns. “Valores como autoconhecimento e autocompaixão também são trabalhados no processo de identificação do perfil do facilitador”, definiu Ângela.
Esses facilitadores em formação são os profissionais que diariamente lidam com adolescentes em conflito com a Lei, em cumprimento de medidas socioeducativas nas diversas modalidades, que vão desde o regime de reclusão até o regime aberto. “Vamos ministrar basicamente mais duas ferramentas, os círculos de diálogos, voltados para os conflitos pré-estabelecidos envolvendo várias pessoas, e as conferências, que envolvem apenas vítima e ofensor, com a presença do facilitador”, detalhou Ângela.
Educador em uma das instituições mais complexas, o CESEIN, Paulo de Tarso atua com adolescentes reclusos. “O interessante neste conteúdo é que vemos a possibilidade de trabalhar com soluções que envolvem todas as partes envolvidas em um conflito. Eu não conhecia as práticas restaurativas, mas, após este curso passei a acreditar muito nas ferramentas novas, principalmente porque nos dá instrumentos adequados para promovermos o diálogo”, definiu o educador.
Avaliando os resultados do primeiro módulo, oferecido em dezembro passado, a pedagoga Neide Santos, que também atua como monitora do curso, disse que a turma “está confiante e considerando que é viável e possível implantar as práticas restaurativas dentro das instituições, seja através dos círculos e de abordagens restaurativas”. Segundo Neide, a motivação dos participantes levou as monitoras a reformularem o segundo módulo, incluindo ferramentas de avaliação da conduta das pessoas de forma individualizada. “Alguns alunos chegaram com ideias equivocadas sobre Justiça Restaurativa e aqui conheceram os valores e a filosofia e procedimentos, que oferecem a eles um leque de opções para aprimorar o seu trabalho”, enfatizou Neide.
Dênis Albuquerque, atua no CREAS, e afirmou que vai utilizar as novas ferramentas no diálogo com adolescentes e com os pais, em especial com aqueles atendidos pelo Programa de Fortalecimentos de Vínculos Familiares, que atende vítimas de abusos sexuais e violência doméstica. “Vamos trazer esses fundamentos da restauração para o trabalho com essas famílias, colocando o diálogo como forma de restaurar as relações familiares”, disse o servidor.
- Macapá, 24 de janeiro de 2019 –
Assessoria de Comunicação Social
Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial
Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá
YouTube: TJAP Notícias
Flickr: www.flickr.com/photos/tjap_oficial
Instagram: @tjap_oficial
Programa Justiça por Elas- Rádio 96.9 FM
Programa Conciliando as Diferenças- Rádio 96.9 FM
Programa Nas Ondas do Judiciário- 630 AM
Programa Justiça em Casa- Rádio 96.9 FM
Programa Justiça Contando Histórias- Rádio Difusora
- Detalhes
- Criado: Quinta, 24 Janeiro 2019 01:29