Moradores do Bailique passam por última etapa prática do curso de Formação de Conciliadores

Nesta última semana, durante a 133ª Jornada Fluvial Itinerante, foi realizada a última etapa do curso de Formação de Conciliadores no Arquipélago do Bailique. A atividade foi promovida pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC/TJAP). Na oportunidade, o corregedor em exercício do TJAP, desembargador Carmo Antônio de Sousa, esteve presente.

A servidora Euzinete Bentes explica que desde o ano passado o Arquipélago do Bailique ganhou uma unidade do Centro Judiciário de Solução de Conflitos – CEJUSC, por intermédio da Portaria 011/2017 do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos – NUPEMEC. “Em razão da implantação do CEJUSC, tínhamos a necessidade de capacitar os moradores da localidade para a realização dos serviços diários, uma vez que as jornadas fluviais ocorrem a cada dois meses. Então mobilizamos a comunidade para a primeira fase do curso, quando foram apresentados os conceitos teóricos para os participantes”, relatou Euzinete.

Finalizado o módulo teórico, o curso focou na parte prática com ações supervisionadas pelas instrutoras Sônia Ribeiro, Euzinete Bentes, Sâmia Waldeck e Nilce Helena. “Com os nossos participantes embasados teoricamente, dedicamos o ano de 2018 para as atividades práticas, onde os formandos realizaram sessões de conciliação com a supervisão dos instrutores”, explanou.

Na 133ª Jornada Fluvial foi realizada a última etapa de supervisão, que culminou com um mutirão de conciliação. A necessidade do mutirão se deu a partir da procura de um comerciante local que sofria com a inadimplência de seus clientes. “É muito comum comerciantes fazerem vendas e anotarem em um caderninho para quitação posterior. Ocorre que o comerciante estava com o caderno cheio de anotações, mas poucas haviam sido pagas, o que estava dificultando a sobrevivência do estabelecimento comercial”, evidenciou Euzinete.

Mesmo após o retorno da equipe do Tribunal a Macapá, o mutirão segue no arquipélago sendo realizado sob a supervisão da conciliadora Aldenoura dos Reis Figueiredo, coordenadora do CEJUSC do Bailique. “Quando nos deparamos com a situação, por ser um grande número de clientes com pendências com o comerciante, vimos a possibilidade de realizar um mutirão, então iniciamos e deixamos todas as orientações para que o trabalho prosseguisse. E para nossa alegria o resultado tem sido muito positivo”, ressaltou.

Com 12 formandos, a turma de conciliadores recebeu o nome de Manoel Queiroz Barbosa em homenagem a “Manoelzinho do Cartório”, como era conhecido o tabelião do distrito do Bailique, morto em junho de 2017, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). “O Manoelzinho era um conciliador nato, embora não tivesse formação em conciliação, sempre solucionava os conflitos locais com o diálogo e sempre foi um entusiasta da política de conciliação. Em nossas idas ao Bailique ele reiterava o desejo de que fosse realizada a formação de conciliadores na comunidade”, relatou a servidora.

A cerimônia de certificação dos conciliadores acontecerá em janeiro de 2019. Na ocasião, a desembargadora Sueli Pini estará no distrito realizando atividades correcionais no Centro Judiciário de Solução de Conflitos, instalado no Posto Avançado da Justiça em Vila Progresso.

- Macapá, 14 de dezembro de 2018 –

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Sexta, 14 Dezembro 2018 13:30