EJAP e Comissão Sistêmica de Resolução de Conflitos do TJAP iniciam 1º Seminário de Constelações Familiares

Teve início na manhã desta quarta-feira, 29, o primeiro seminário “A Constelação Familiar Aplicada aos Conflitos de Família – Uma Ferramenta para a Construção de Soluções Pacíficas”, ministrado pelos juízes Marcus Quintas e Carlos Fernando Silva Ramos, e a consteladora Artilamar Quintas. O curso é promovido pela Escola Judicial do Amapá em cooperação com a Comissão Sistêmica de Resolução de Conflitos das Varas de Família, Órfãos e Sucessões da Comarca de Macapá. O evento prossegue até esta quinta-feira, 29.

Tendo como público alvo magistrados, servidores da Justiça, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública que atuam nas varas de família, advogados e acadêmicos de Direito, o curso objetiva uma sensibilização para a utilização da técnica na resolução de conflitos judiciais. De acordo com o juiz titular da 4ª Vara de Família, Órfãos e Sucessões, Carlos Fernando Silva Ramos, o seminário marca o inicio dos trabalhos da Comissão Sistêmica de Resolução de Conflitos das Varas de Família.

Segundo o magistrado a Comissão tem como objetivo, implantar as práticas das constelações familiares no sistema Judiciário amapaense. “Nossa meta com a instituição da Comissão é implantar esse método no Judiciário para ajudar a resolver aqueles conflitos mais difíceis, ou seja, é o ganho de uma ferramenta a mais e muito eficiente”, argumentou o juiz Carlos Fernando.

A criação da comissão considera o disposto na Resolução número 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o artigo 3º, § 3º do Código de Processo Civil, os quais estabelecem que os mecanismos de solução de conflitos sejam instrumentos efetivos de pacificação social, solução e prevenção de litígios, reduzindo assim a judicialização dos conflitos de interesses.

Titular da 1ª Vara da Família, Órfãos e Sucessões, primeiro juízo a aplicar as técnicas de Constelação Familiar nas audiências de família, o Juiz Marcus Vinicius Gouvêa Quintas acredita que a utilização do modelo agrega muitas vantagens para o Poder Judiciário e para todas as partes. “Desde 2016 realizamos a aplicação destas técnicas na 1ª Vara de Família, e através desse seminário buscamos expandir ainda mais esse novo olhar para as demais unidades do Poder Judiciário, mostrando como utilizar os métodos nos processos”, explicou.

A primeira parte do curso, ministrada pela oficiala de Justiça e consteladora, Artilamar Quintas, foi voltada para os conceitos sobre a Constelação Familiar, técnica criada pelo alemão Bert Hellinger. “Nós iniciamos o seminário com uma apresentação dos princípios basilares da Constelação Familiar, que são pertencimento, hierarquia e o equilíbrio entre dar e receber, uma apresentação geral dos conceitos para adentrarmos posteriormente à sua aplicação no sistema de Justiça”, concluiu.

Servidor da Vara Única de Porto Grande, José Pereira da Silva, observa no Seminário mais uma oportunidade de engrandecimento profissional e pessoal. “Já havia obtido um conhecimento prévio sobre esta técnica e utilizamos algumas delas na Comarca de Porto Grande, com este seminário viemos então aprofundar mais o conhecimento para ampliar nossa excelência no trabalho e ajudarmos a população”,

A Constelação Familiar despertou o interesse do aluno do nono semestre do curso de Direito, Jean Ferreira. O acadêmico conta que pretende seguir carreira na advocacia utilizando as técnicas de constelação. “Estou na fase final do curso e tenho muito interesse de aplicar esta metodologia como advogado, pois é importante que os profissionais que atuem nesses processos sejam de família, ou qualquer outra área, tenham esse olhar diferenciado”, disse Jean.

- Macapá, 29 de setembro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Quinta, 29 Novembro 2018 01:07