Juiz Esclepíades Neto visita Comunidade Terapêutica Monte Tabor para apoiar trabalho voluntário com dependentes químicos

A Comunidade Terapêutica Monte Tabor recebeu a visita do juiz Esclepíades de Oliveira Neto, titular da Vara Única da Comarca de Porto Grande, município onde a instituição está instalada desde 1990 (no Km 57 da BR-210), contando hoje com cerca de 250 moradores. O magistrado foi acompanhado pelo promotor de Justiça da Comarca, Weber Penafort, e pelo defensor público Lucivaldo Costa.

“É fundamental que nós façamos essa programação itinerante, sobretudo nas comunidades de maior densidade populacional. Fui conhecer o trabalho que é desenvolvido no Monte Tabor, saber como vivem as pessoas que moram lá – dependentes químicos e suas famílias – e como é o trabalho terapêutico com essas pessoas, com vistas a melhorar esses serviços que são prestados de forma voluntária”, afirmou o magistrado.

O diretor da entidade, psicólogo Antônio Vieira Sobral, conhecido como “Tom Sobral”, explicou aos visitantes que as famílias dos atendidos passaram a poder residir no local, “como forma de auxiliar no tratamento dos dependentes químicos que, por estarem distantes de seus familiares, antes abandonavam a terapia”. Segundo o juiz Esclepíades, essa presença de pais, esposas e filhos transformou a área em uma “mini sociedade”.

O segundo objetivo do magistrado foi apurar demandas que possam ser supridas pela gestão do Poder Judiciário e de outros poderes. “Em especial detectamos a demanda da Escola Municipal Monte Tabor, cuja diretora nos informou das necessidades estruturais do estabelecimento”, relatou o juiz. A escola tem três salas de aula e atende cerca de 22 alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, segundo dados do Censo Escolar 2017.

Computadores, impressoras, copiadora, projetor de imagens e carteiras estão entre os itens que deverão ser atendidos pela Justiça, por meio de recursos oriundos de penas pecuniárias aplicadas pela Vara Única da Comarca de Porto Grande. “Esse material dará mais e melhores condições de trabalho para os profissionais que atuam na escola”, afirmou o juiz Esclepíades. As doações serão feitas não em dinheiro, mas em forma de objetos comprados e entregues para a escola.

“Saímos da comunidade com a percepção de que precisamos apoiar o trabalho lá desenvolvido. Percebi uma pré-disposição de trabalharem corretamente e isso é muito importante. Temos em boa conta a administração da instituição”, enfatizou o magistrado. “No longo prazo, vamos estabelecer uma parceria mais rotineira”, garantiu.

Além da inspeção, a comitiva realizou uma apresentação para os presentes sobre as questões legais envolvendo o tráfico de drogas e o uso de substâncias entorpecentes. “Deixamos clara a diferença entre tráfico e o uso, mas ressaltando que o usuário que trafica também está sujeito às penalidades”, esclareceu o juiz. Após elucidar as questões criminais e terapêuticas, o grupo também abordou aspectos humanos e sociais da recuperação dos dependentes químicos.

- Macapá, 26 de novembro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Segunda, 26 Novembro 2018 09:00