No Amapá, Conselheira Daldice Santana concede entrevista ao programa Conciliando as Diferenças e fala de sua trajetória profissional no Poder Judiciário

daldiceradio 1O programa Conciliando as Diferenças, produzido pela Assessoria de Comunicação do TJAP, que vai ao ar toda quarta-feira, pela Rádio Universitária 96.9 FM, das 17 às 18 horas, entrevistou a desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), Daldice Maria Santana de Almeida, conselheira do Conselho Nacional de Justiça, e também coordenadora do Comitê Gestor da Conciliação do CNJ.

daldiceradio 2A desembargadora Daldice Santana falou de sua origem de família simples. Natural de Riacho de Santana, cidade localizada no chamado polígono da seca, no estado da Bahia, dali seguiu uma trajetória de sucesso profissional ouvindo os conselhos do pai, “galgando degraus na vida, sempre utilizando da simplicidade e humildade perante o próximo”.

“O investimento de meu pai nos estudos dos filhos deixou uma marca indelével em minha vida. Rompi as dificuldades por meio da educação, levando em consideração as palavras dele, homem simples e honesto”, ressaltou a desembargadora.

A desembargadora comentou sobre as duas pautas centrais nas quais atua pelo CNJ. A primeira delas é a política de conciliação e mediação; a segunda é a política nacional de combate à violência doméstica contra a mulher. “Em ambas eu reputo os direitos humanos, onde o foco é a pessoa. Pois, entre capas de processos estão vidas em conflito, para quem o significado pessoal de um processo que julga um salário mínimo é o mesmo de um processo que julga um milhão de reais”, disse a magistrada.

daldiceradio 3Dirigindo-se aos acadêmicos de Direito, ouvintes do programa, lembrou que “é importante que o estudante tenha a consciência de que toda profissão tem que ser honrada e que o profissional deve realmente se dedicar a ela”.

Atuante na área da conciliação e dos métodos autocompositivos para solução de conflitos, a desembargadora ressaltou “a obrigatoriedade do método de tratamento adequado de conflitos na grade curricular das faculdades e universidades com curso de Direito”. Asseverou que, “ao invés de formarem um profissional que só vê a espada como meio e solução, é importante formarem profissionais que entendam que o diálogo é universal para todos os males”.

Sobre sua chegada ao Conselho Nacional Justiça (CNJ), a magistrada lembrou ser a única conselheira que atendia à pauta de combate à violência doméstica a partir de 2015. “Quando comecei esse trabalho me apaixonei, não por se tratar de mulher, mas sim de um ser humano que deseja ter seus direitos e acabar com os preconceitos. E a palavra que norteia essa relação entre homem e mulher é respeito”.

A pauta de Combate a Violência Doméstica ganhou maior projeção em 2015 quando foi instituída a campanha “Justiça pela Paz em Casa”, que ocorre três vezes ao ano. Em março pelo Dia Internacional da Mulher, agosto pelo aniversário da Lei Maria da Penha e novembro pelo Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher. “Nós do CNJ não conseguimos estar presentes em todos os eventos, mas monitoramos, incentivando e acompanhando as campanhas. Hoje, há uma adesão muito forte e os juízes que trabalham com processos de dor são muito valorosos e empenhados”, disse a desembargadora.

Daldice Santana ressaltou que a punição ao homem agressor, por si só, não resolve porque não muda o comportamento. “Para tal mudança deve haver reflexão. Sendo assim é importante trabalhar para não reproduzir nos novos relacionamentos a mesma violência. A sociedade mudou e está mais atenta a essas questões. Mas o ranço cultural pelo qual o homem é visto como chefe da família não mudará rapidamente. Será com o tempo e com capacitação adequada. Devemos ter consciência do que pede a Constituição Federal, igualdade entre as pessoas”, ressaltou a magistrada.

A entrevista foi finalizada com a desembargadora dizendo aos acadêmicos que o mundo está em transformação. “Os estudantes devem desenvolver habilidades diversas de comunicação e de lidar com o próximo. Preparar-se para os novos tempos, pois como bons profissionais serão os primeiros mediadores a resolver tantas questões que os cercam”, afirmou a desembargadora.

A desembargadora Daldice Santana já exerceu cargos como: Juíza Federal Titular da 1ª Vara Federal de Santos (1993-2010), Coordenadora do Programa de Conciliação da 3ª Região (2012-2014), Coordenadora do Programa de Conciliação no âmbito da 3ª Região (2005 a 2009), Juíza Federal Coordenadora Administrativa da Subseção Judiciária de Santos (4/9/1998 a 29/8/2003), professora de Direito Tributário em curso preparatório para cargos de juiz federal e Ministério Público Federal (1994 a 2002), Procuradora da Fazenda do Estado da Bahia (4/1991 a 11/1993), entre outras funções. Atualmente ela é Conselheira do Conselho Nacional de Justiça (2015-2017) e desembargadora Federal do TRF3 desde 2010.

 

- Macapá, 08 de novembro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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