EJAP oferece curso “Cybercrimes: Investigação Digital Criminal e Provas” para magistrados e servidores do Judiciário

Juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) têm a oportunidade, a partir desta quinta-feira (25), de participar de um curso sobre Cybercrimes: Investigação Digital Criminal e Provas. A capacitação é oferecida pela Escola Judicial do Amapá (EJAP) e vai até esta sexta-feira (26). Para ministrar curso sobre o tema, a escola convidou o coordenador geral e professor do curso de extensão em Direito Eletrônico da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, Walter Capanema.

O objetivo é trazer para os magistrados e servidores uma visão geral sobre como ocorrem os crimes por meio da internet. “Eles já conhecem as leis penais, mas é importante que conheçam essa nova realidade de crimes que acontecem em ambiente eletrônico, muitas vezes difíceis de investigar e combater”, explicou o professor Walter Capanema. “São questões muito novas, que ainda não encontramos na literatura do Direito Penal”, argumentou.

De acordo com o professor, os maiores desafios são a localização de quem pratica essas condutas criminosas e a retirada desses conteúdos de circulação. “É uma modalidade de crime que muda muito rápido e o Direito não está conseguindo mais acompanhar os avanços tecnológicos. Nosso objetivo aqui é trazer o Direito para mais próximo possível dessa nova realidade”, enfatizou Walter.

Para o professor “é importante que os juízes e servidores tenham conhecimento, ainda que mínimo, sobre a internet e seu funcionamento”. Ministrando o curso por todo o Brasil, ele percebe que já existe uma adesão muito grande por parte do Judiciário, mesmo entre os magistrados mais antigos, que se mostram interessados em aprender sobre esse tema. “Tenho muita esperança de que, embora estejamos vivendo um mundo estranho, com muitos problemas novos surgindo, temos por parte do Judiciário uma forte busca por aprender mais sobre esses crimes e empenho em combatê-los”, afirmou.

A Juíza Lívia Cardoso, titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Santana, disse que aderiu ao curso para tomar conhecimento sobre os cybercrimes. “Por enquanto não é um tema do nosso dia a dia forense, na 2ª Criminal ainda não me deparei com esse tipo de delito. Mas precisamos conhecer essa realidade do mundo atual com a qual inevitavelmente vamos nos deparar”, disse a magistrada.

Do mesmo modo a juíza Laura Costeira, titular da 1ª Vara de Competência Geral da Comarca de Oiapoque, ainda não se deparou com um crime dessa natureza. “Vim para aprender o que for possível sobre esses crimes e sobre os mecanismos disponíveis, durante a instrução, para a coleta de provas. Assim poderemos combater de forma mais efetiva”, finalizou a juíza.

- Macapá, 25 de outubro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Quinta, 25 Outubro 2018 10:32