Mutirão de trabalho da 1ª Vara Cível de Macapá zera estoque de processos vencidos

Com o objetivo de diminuir o número de processos conclusos, que chegou a 4.164 nos escaninhos, a juíza Liége Cristina de Vasconcelos Ramos Gomes e os servidores que integram a 1ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá reconheceram que o esforço conjunto seria a melhor forma de alcançar o fim pretendido. O resultado desse esforço foi que em poucos dias o Tucujurômetro (indicador de produtividade) apontava que o Gabinete estava sem processos em atraso.

A magistrada Liége Gomes explica que, com a Resolução nº 219 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), metas foram estabelecidas a cada unidade jurisdicional. Com isso, as varas tiveram que buscar mais mão de obra para os gabinetes darem vazão à demanda de trabalho contínuo que chega diariamente.  

Além da atuação jurisdicional, a magistrada funciona como Corregedora dos Cartórios Extrajudiciais. “Temos uma gama de matérias para apreciar, e mais as atividades da corregedoria. Por isso, precisávamos ter uma equipe afinada. No final de 2016, aderimos ao novo projeto do Tribunal de Justiça do Amapá de zerar todas as varas e trabalhar com a nova metodologia sugerida na época e já na fase de transição para Secretaria Única”, explicou a juíza.

“Nós conseguimos zerar naquele período – mas tínhamos uma secretaria ligada a nós. Com a mudança ocorrida entre 2016 e 2017, que incluiu a implantação da Secretaria Única, passamos a ser um gabinete composto por um juiz titular e mais quatro servidores. Lógico que teve toda uma mudança de estrutura, pensamento e divisão de tarefas. Então, passamos por novo projeto até nos ajustarmos à nova metodologia de trabalho”, ressaltou a magistrada.

A força-tarefa integrou também servidores que atuam na modalidade Home Office. Como é o caso da Analista Judiciário Camila Silva. “Quando a juíza Liége convocou o mutirão para colocarmos a Vara em dia, confesso que no início não acreditava que conseguiríamos alcançar em tão pouco tempo o objetivo proposto, por conta da demanda muito grande e da complexidade dos processos cíveis. Mas, nos primeiros 15 dias de mutirão, nos demos conta de que era sim possível e a liderança da nossa gestora foi fundamental para manter a equipe focada e motivada”, disse Camila.

“Trabalhamos incansavelmente, dia e noite, para conseguirmos esse resultado, o trabalho não parou nem nos finais de semana e feriados, nem nas férias. Mas posso afirmar que foi uma experiência enriquecedora pra todos. Apesar de trabalhar em home office, sempre me senti integrada à equipe, estamos sempre em contato. A eficiência dessa importante ferramenta pode ser comprovada com os resultados alcançados e o nosso Tribunal só tem a ganhar com esse tipo de trabalho, e eu só tenho a agradecer por fazer parte dessa equipe”,  declarou a servidora.

A juíza Liége Gomes destacou que é muito interessante a experiência de ter na equipe servidores que trabalham em Home Office. Frisou que "inicialmente não conhecia e nem tinha contato com este profissional, mas a experiência de trabalhar com uma servidora que não está fisicamente na unidade foi um ganho muito grande nesse sentido. Pois, mesmo estando na residência dela, tem metas a cumprir e a produtividade é 20% maior que os que trabalham diretamente nas unidades. Isso contribuiu ainda para não ocupar espaços, além de outros benefícios como menos gastos de energia e equipamentos”.

A juíza substituta Fabiana da Silva Oliveira também fez parte do mutirão, substituindo a titular por uma semana. “Foram sete dias de trabalho intenso, já que cheguei na reta final da atividade e a equipe já estava muito engajada e entrosada nessa difícil força-tarefa para zerar a Vara. Sem a direção da Drª Liége, jamais seria possível esse resultado”, ressaltou. 

A Assessora Jurídica da 1ª Vara Cível, Lisiane Rodrigues Mourão, veterana na experiência, afirmou que o resultado foi excelente. “Em 2016 já tínhamos feito isso antes da criação da Secretaria Única. E foi mais um desafio para todos, pois agora estávamos com acúmulo muito maior, mas com esforço, valeu à pena”, afirmou. 

Bianca Houat Martins, Assessora da Corregedoria dos Cartórios de Macapá e integrante da 1ª Vara Cível, disse que desde janeiro do ano passado, quando houve a reformulação das secretarias, varas e gabinetes, não só vem assessorando processos da corregedoria, como providências correcionais, suscitação de dúvidas, registros tardios, mas também processos judiciais por conta do quantitativo que é muito grande. “Devido o número pequeno de servidores, tivemos que fazer um trabalho coletivo, nos ajudando, auxiliando com dedicação total. Fazendo força-tarefa, beneficiamos não somente o gabinete, mas todos”, declarou.

Cleidson Luiz Fadini, assessor jurídico, trabalha desde 2012 com a juíza Liége e destacou que a magistrada sempre manteve a equipe unida. "A partir de 2016, quando foi criado o gabinete, a Drª Liége procurou a integração ainda maior dos assessores com as matérias, e baseados nesse espírito de união, integração e senso de responsabilidade nós conseguimos mais uma vez que o gabinete atingisse a meta de zerar as sentenças, decisões e despachos”, disse animado.

Para a juíza Liége Gomes, a conquista revela que a união e o trabalho em equipe são primordiais para obtenção desse resultado. "A motivação dos servidores em se adequar em produtividade para obtenção de ponto inteligente e Home Office são tão importantes quanto entregar a prestação jurisdicional de forma célere", finalizou.

- Macapá, 03 de outubro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Quarta, 03 Outubro 2018 07:50