Cientista Joana D’Arc visita juiz Rogério Funfas em reconhecimento ao apoio da VEPMA à pesquisa científica no Amapá

O juiz Rogério Bueno da Costa Funfas, titular da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Macapá (Vepma), recebeu a premiada pesquisadora brasileira Joana D’Arc Félix de Souza, que veio ao Amapá prestigiar o trabalho realizado pelo Instituto Leva Ciência, parceiro da VEPMA. A viagem também incluiu uma palestra no auditório da Embrapa-AP com o intuito de incentivar o apoio a jovens cientistas.

Joana D'Arc Félix de Souza (55) nasceu na cidade de Franca – SP, onde desenvolve até hoje seus experimentos científicos. Química, professora e cientista brasileira, tem no currículo 82 prêmios, com destaque para o prêmio Kurt Politzer de Tecnologia, como "Pesquisadora do Ano" em 2014.

Lotada na Escola Técnica Estadual (ETEC) Prof. Carmelino Corrêa Júnior, ela atualmente desenvolve projetos de inovação tecnológica para produção de cimento ósseo e aplicação da pele suína em transplantes de pele em seres humanos, entre outros trabalhos.

O juiz Rogério Funfas conta que foi procurado há dois anos pela professora Daniele Brito, diretora do Instituto Leva Ciência, juntamente com a jovem pesquisadora Aira Beatriz Cardoso, então com 16 anos – a primeira tutorada pela instituição. “Elas apresentaram um projeto e eu senti o potencial da Aira. A partir de então foram feitos os encaminhamentos para que pudéssemos apoiar a participação dessa jovem pesquisadora em eventos nacionais e internacionais”, relatou.

Com recursos oriundos de penas e medidas alternativas, Aira participou de concursos de iniciação científica na Sérvia, México, Chile e em diversos estados brasileiros. “Os recursos da VEPMA devem retornar à sociedade em forma de apoio a projetos em educação, meio ambiente, segurança e outros. Em especial, esse apoio à ciência tem trazido frutos inimagináveis para o estado do Amapá, porque o que acontece nesse meio científico não se dá publicidade”, declarou o magistrado.

Durante a visita, o juiz declarou-se honrado em receber uma brasileira exemplar como a pós-doutora Joana D'Arc. “Ela veio ao Amapá para ministrar uma palestra exatamente para esse nicho de pessoas ligadas à classe empresarial e ao meio acadêmico, no sentido de criarem oportunidades para crianças e jovens com potencial, dando encaminhamentos para suas vidas por meio da ciência e buscando construir uma sociedade melhor”, enfatizou.

A professora e pesquisadora Joana D'Arc também desenvolve seus trabalhos incentivando jovens em situação de risco social – em especial os residentes em ambientes com prostituição e uso de drogas – a despertarem para a iniciação científica. “É possível termos um Brasil diferente, que todos nós sonhamos, trabalhando com esses jovens e mudando a educação hoje”, declarou a pesquisadora.

Joana D’Arc afirmou que é a primeira vez que toma conhecimento de uma parceria entre o Poder Judiciário e a iniciação científica. “Esse link da Justiça com a Educação é até uma raridade. Isso tem que ser difundido para o Brasil todo, porque parcerias como essa são muito bem vindas e muito importantes”.

O Instituto Leva Ciência, responsável pela presença da cientista paulista em Macapá, é uma organização sem fins lucrativos que tem a finalidade de propagar, difundir e divulgar projetos que estimulam estudantes a entrarem no mundo da iniciação científica. “Tivemos o privilégio de conhecer a professora Joana D’Arc durante um evento na USP, quando fizemos o convite”, relatou a diretora do Instituto, Daniele Brito.

Segundo ela, a equipe da VEPMA se solidarizou com a situação de alunos que haviam sido selecionados para concorrer com projetos em evento no México. “São recursos que auxiliam cada aluno que vai competir e representar o estado. Na ocasião levamos a jovem Aira Beatriz Cardoso, que hoje já soma 16 prêmios de iniciação científica – sendo seis deles em âmbito internacional. E todo esse apoio de traslado, divulgação e mobilização veio da VEPMA”, agradeceu a diretora Daniele.

Aira Beatriz, hoje com 18 anos, é palestrante do Instituto Leva Ciência e aluna do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual do Amapá (UEAP). Desde a sua primeira participação em feiras de ciências, no ano de 2014, Aira não parou mais e desenvolveu pesquisas com reaproveitamento de resíduos gráficos para confecção de lixeiras sustentáveis.

“Depois dessa experiência, passei a fazer estudos de reaproveitamento do caroço de açaí para produção de embalagens biodegradáveis como potencial substituto de vasos e embalagens plásticas usados para o cultivo de mudas e plantas”, explicou Aira. Segundo ela, “a VEPMA entrou no momento mais importante porque, infelizmente, são poucas as pessoas e instituições que dão crédito e visibilidade para esse tipo de iniciativa”.

“A iniciação científica foi um divisor de águas na minha vida, e uma das maiores dificuldades de um jovem cientista é conseguir patrocínio para participar desses eventos”, garantiu a estudante.

“Quando eu mais precisei, na minha primeira viagem internacional, a VEPMA me amparou e desde então vem apoiando meus projetos, porque trabalhamos com o coletivo. Ações como a da VEPMA ajudam a transformar a vida de muitas pessoas”, finalizou a jovem cientista amapaense.

- Macapá, 10 de setembro de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Segunda, 10 Setembro 2018 01:48