VEP, Secretaria de Saúde e Iapen promovem ação para reintegrar internos com transtornos mentais ao convívio social
Internos com transtornos mentais e que cumprem medida de segurança no Centro de Custódia do Novo Horizonte do IAPEN/AP, vivenciaram um dia de tratamento terapêutico organizado pela Vara de Execuções penais (VEP) da Comarca de Macapá e a Coordenação Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A ação de desinstitucionalização busca prepará-los para a reintegração social.
Na saída assistida, os internos visitaram o balneário da Fazendinha, o monumento do Marco Zero do Equador e o Museu Sacaca. A guia turística Silvania Souza fez o acompanhamento durante todo o passeio.
De acordo com psicóloga Ana Cleyde Bastos Matias, da Central de Penas Alternativas e Atendimento ao Reeducando, dentre as atribuições da equipe psicossocial da Vara de Execuções Penais, está o de acompanhar o tratamento de reabilitação psicossocial ofertado aos reeducandos que cumprem medidas de segurança, auxiliando no suporte necessário para a reinserção social.
“Até agosto de 2016 eles ficavam internados dentro do sistema penitenciário, alojados em condições insalubres e subumanas, com um tratamento muito deficiente. Com a criação do Centro de Custódia do Novo Horizonte foi possível transferi-los. Lá eles contam com uma equipe psicossocial, terapia ocupacional, e outras atividades. Isso provocou uma melhora na vida deles”, esclareceu a servidora da VEP.
Rômulo Jance, diretor do Centro de Custódia do Novo Horizonte, garantiu que todos os internos não possuem mais periculosidade e esse é um processo necessário para a desinternação deles. “Essa saída ajuda para que tenham oportunidade de acostumar novamente com a liberdade, mesmo sendo uma saída monitorada pela segurança, isso ajuda no tratamento deles e dará melhor perspectiva para as suas vidas”, disse o agente.
A Assessora Técnica na Coordenação Estadual de Saúde Mental, psicóloga Adriele Sussuarana, que coordenará a Residência Terapêutica para onde os pacientes serão encaminhados, explicou que o objetivo do processo de desinstitucionalização é resgatar a autonomia perdida, pois existem internos que estão há mais de 15 anos presos e isso afeta as suas atividades diárias. “Eles já cumpriram a sua pena e a periculosidade já foi cessada. Agora como muitos deles não têm suporte das suas famílias irão para a residência terapêutica, onde continuarão os seus tratamentos”, explicou.
Adriele Sussuarana ainda observou que é possível que pessoas com transtornos mentais voltem ao convívio social, tendo assim uma vida normal. “Eles podem ser reinseridos e com uma reabilitação psicossocial adequada. O manicômio não trata, ele adoece cada vez mais e o tratamento tem que ser em liberdade”, concluiu.
A previsão é que a Residência Terapêutica esteja funcionando daqui a dois meses. A casa receberá seis internos do Centro de Custódia e mais quatro pacientes da Clinica de Saúde Mental do Hospital Geral. Trabalharão na instituição dez cuidadores e quatro técnicos de saúde. O tratamento ambulatorial dos pacientes seguirá nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Participaram da atividade as equipes da VEP, Coordenação de Tratamento Penal do IAPEN, grupo Psicossocial do Centro de Custódia Novo Horizonte, Coordenadoria Coordenação Estadual Saúde Mental e Grupamento Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar.
- Macapá, 24 de agosto de 2018 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Sexta, 24 Agosto 2018 07:52