Vice-presidente do TJAP prestigia a inauguração da primeira unidade da Fazenda da Esperança no Amapá

O desembargador Gilberto Pinheiro, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, participou da solenidade de inauguração da Comunidade Terapêutica Fazenda da Esperança no estado. Com a instalação no Amapá, a Associação Internacional de Fiéis da Igreja Católica possui 138 unidades no Brasil e em mais 22 países, atendendo mais de 4 mil acolhidos.

Famílias e benfeitores da entidade estiveram presentes e puderam conhecer o espaço da Fazenda. A cerimônia iniciou com a santa missa presidida pelo Bispo de Macapá, Dom Pedro Conti, e seguiu com um almoço beneficente, que teve como objetivo a arrecadação de recursos para a manutenção e estruturação da entidade.

O Bispo Pedro Conti falou do processo de concretização desse trabalho no Amapá, que iniciou há dez anos, com a visita do Frei Hans a Macapá. A Fazenda leva o nome de Marco Liva, em homenagem ao ex-presidente da Fundação Marcelo Cândia (da Itália), que durante a sua vida ajudou na obra social e, por meio da entidade, contribuiu com a metade do valor da compra do local – sendo a outra parte de investimento da Diocese de Macapá.

“Não foi fácil chegar a esse dia, tudo foi resultado de muita busca, conversa e paciência. Agradecemos a todas as pessoas que se interessaram em ajudar por se sentirem ligados de alguma forma a essa obra. A instituição contribuirá para a recuperação dessas pessoas que estão no caminho das drogas, para que consigam voltar para o convívio de suas famílias”, disse o bispo.

O desembargador Gilberto Pinheiro registrou sua felicidade por prestigiar o evento, confirmando que esse será um trabalho de grande relevância para as pessoas que buscam a recuperação, além de suas famílias. “Todos nós temos que ter uma segunda chance na vida. Precisamos parabenizar a igreja católica e os seus apoiadores por esse investimento e projetos como esse precisam do apoio de toda a comunidade para existir”, afirmou.

O vice-presidente do TJAP também garantiu apoio por meio de conferências sobre as áreas do meio ambiente e agricultura, devido à sua experiência e conhecimentos no setor. Segundo o desembargador, a área da Fazenda pode dar grandes oportunidades de produção e investimentos para os residentes do local.

Além da recuperação de dependentes químicos, a Fazenda Esperança atua mais ampla nas áreas sociais e de saúde. O advogado da entidade, Adalberto Calmon, ressaltou que a instituição também mantém “casas de apoio para dependentes químicos portadores do vírus HIV em Fortaleza e São Paulo e abrigos para crianças que foram destituídas das famílias, e atividades junto a moradores de rua”.

O padre Vinícius Esch Gouvêa, coordenador da Fazenda da Esperança na Região Norte do Brasil, apresentou os missionários que ajudaram nos primeiros dias da organização da unidade do Amapá. São homens que passaram por diversos vícios e dependências, mas hoje atuam com o seu trabalho no fortalecimento da entidade.

O missionário Clenilton deu o seu testemunho de vida, falando sobre as perdas que teve devido ao uso de drogas. Ele considera que hoje “dá de graça aquilo que recebeu de graça, a sua vida para a obra de recuperação de outros homens”.

“Conheci as drogas por volta dos 21 anos, a partir daí fiquei escravo por 12 anos, chegando até o fundo do poço. Fui dependente químico de crack, a pior droga que existe. Certo dia, em setembro de 2014, a minha família me apresentou a Fazenda Esperança agora aprendo todos os dias que Deus é amor e que toda a vida tem esperança”, declarou emocionado.

Os organizadores da Fazenda estão recebendo doações da comunidade, como utensílios domésticos, televisão, geladeira, bebedouro, roupa de cama e alimentação. As doações podem ser entregues aos missionários na própria fazenda, situada na estrada que vai para o município de Mazagão, 5 km após a ponte do Rio Matapi. Uma placa está sinalizando o caminho do ramal de 700 metros, até chegar na Fazenda.

Para mais informações sobre as atividades ou como doar, basta telefonar para as missionárias Renata (98110.0614) e Clívia (99135.3087), ou entrar em contato com a Diocese de Macapá pelo telefone 99180.7036 (falar com Mônica Costa) ou em seus endereços eletrônicos (www.diocesedemacapa.com.br ou facebook.com/diocesedemacapa ou ainda instagram.com/diocesedemacapa.

- Macapá, 23 de julho de 2018 -

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Criado: Segunda, 23 Julho 2018 05:57