Internas do pavilhão feminino do IAPEN participam de Constelação Familiar com Marilise Einsfeldt

Dando continuidade ao projeto “Constelações Familiares no Cárcere”, a consteladora Marilise Einsfeldt realizou a prática com 16 mulheres em cumprimento de pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN), na quinta-feira (24). Além das detentas, o evento envolveu suas mães e pais. Atualmente a ala feminina do IAPEN conta com 120 presas, entre provisórias e condenadas.

A diretora da Penitenciária Feminina, Elisângela Gomes, disse que essa é a segunda experiência com o mesmo grupo de detentas. Segundo ela, “os resultados são surpreendentes com relação à mudança de comportamento das internas dentro do cárcere e com as suas famílias”. O trabalho é fruto de uma cooperação entre o sistema carcerário, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público.

Elisângela informou que o grupo selecionado é composto por mulheres que já cumprem condenação, a maioria por envolvimento no tráfico de drogas. “Nosso critério foi indicar aquelas que apresentavam problemas disciplinares, condutas inadequadas dentro do complexo”. Além da Constelação Familiar, elas também participam de círculos de diálogos promovidos pelo Núcleo de Práticas Restaurativas do IAPEN (NPR).

André Barreiros é educador penitenciário e atua no NPR. Sua experiência com os círculos restaurativos e de diálogos mostra que nenhum perfil pode ser considerado inapropriado para participar das práticas. “Realizamos círculos no chamado cadeião, e esse ano queremos atingir 400 pessoas. Enfrentamos dificuldade de espaço, porque temos que tirar o preso do cadeião a trazê-lo de forma segura para a quadra onde é realizada a prática, mas acreditamos nesse esforço e vamos continuar”, declarou.

Na Penitenciária Feminina, a coordenadora da Casa de Justiça e Cidadania do TJAP, Linda Miranda, disse que “o trabalho vem sendo desenvolvido desde o ano passado, e neste módulo, em especial, decidimos trabalhar com a inclusão dos familiares o que para elas foi uma emocionante surpresa”. Linda afirma que as participantes do projeto atenderam espontaneamente ao convite.

A consteladora Marilise Einsfeldt realizou também uma experiência de Constelação Familiar com agentes e educadores penitenciários, na terça-feira (22). Na ocasião, foi trabalhada a importância da atuação conjunta dos dois grupos que, apesar de terem funções diferentes e específicas, precisam atuar em conjunto para melhor resultado no processo reeducativo dos detentos.

- Macapá, 25 de maio de 2018 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Quinta, 24 Mai 2018 23:20