Conciliação entre CEA e consumidores do Macapaba traz para mesa de negociação R$ 1,5 milhão em contas atrasadas
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC) da zona Norte sedia mais um mutirão de conciliação, desta vez envolvendo a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e 308 consumidores do Residencial Macapaba. As audiências ocorrerão de terça (27.02) até sexta-feira (02.03). Essas unidades consumidoras correspondem ao primeiro grupo de um total de 3.090 devedores, que significam 24 mil faturas não pagas e que resultam em um débito total de R$ 2,5 milhões (dois milhões e quinhentos mil reais).
O grupo inicial responde por R$ 1,5 milhão em débitos e a expectativa da Companhia é de que, com a intermediação da Justiça, esse montante comece a ser sanado. “A CEA fica com apenas 27% do que arrecada, valor destinado a custeio e investimentos. Mais de 50% dos valores pagos pelos consumidores são para o custo da energia comprada pela concessionária e o restante para pagar encargos setoriais. Sem arrecadar não há como investir”, explica o diretor executivo da CEA, José Anselmo de Castro Lima.
A juíza Joenilda Lenzi, coordenadora do CEJUSC do Fórum de Macapá, disse que “os mutirões envolvendo a CEA têm obtido excelentes resultados, pois a população, apesar da inadimplência, tem interesse em regularizar sua situação”. Segundo a magistrada, ao se dispor a dar condições para que esses consumidores atualizem seus pagamentos, a negociação proporciona ganhos para ambos os lados. “O inadimplente que procura a negociação está disposto a honrar seu compromisso e a CEA traz propostas de acordo com a condição social do consumidor”, finalizou.
Elden Vitor, trabalhador autônomo, é um dos moradores do Macapaba que atendeu ao chamado do CEJUSC para negociar. “Eu recebi um convite e resolvi verificar. Essa negociação está sendo muito boa para mim porque a CEA parcelou num valor que eu posso pagar”, disse ele. Em razão de um problema de saúde, Elden deixou de priorizar o pagamento da conta de energia e agora assegura que será possível “honrar esse compromisso”. Para ele, é importante “agir de acordo com a lei”.
Representando a CEA na conciliação com o morador, o servidor Richard Pinheiro disse que a Companhia propõe entradas reduzidas e parcelas que cabem no orçamento mensal do consumidor. “É preciso que a negociação seja acessível para o consumidor, para que ele possa manter também o pagamento mensal de sua fatura”, concluiu.
Para garantir um acordo bom para ambas as partes, entre em cena a figura do conciliador, que nesse caso específico é Macdowell Pureza. Para ele é fundamental fazer “um atendimento humanizado, ouvindo o relato do cliente sobre os problemas que o levaram a essa situação de inadimplência, saindo daquele paradigma de conflito”. Ao expor sua situação, ouvindo da Companhia a disposição de flexibilizar o pagamento, o consumidor se sente “acolhido e seguro para fechar um acordo”, analisou o conciliador.
Para Elden Vitor, esse tratamento fez toda diferença. “Eu não conhecia essa forma de negociar. Depois dessa experiência tenho outra visão da Justiça. Aqui não veem só o lado da empresa, mas o nosso lado de consumidor também. Acaba a burocracia e numa simples conversa se resolve muita coisa. Assim desafoga a Justiça e fica mais fácil para nós”, finalizou o cidadão.
- Macapá, 28 de fevereiro de 2018 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Terça, 27 Fevereiro 2018 22:48