2ª Etapa de curso promovido pelo TJAP, MP e GEA deixa Santana mais perto de tornar uma cidade restaurativa
De segunda (19) até sexta-feira (23), cerca de 100 profissionais do Judiciário, do Ministério Público e da Educação estadual integram mais um esforço de capacitação em Justiça Restaurativa. O treinamento está em sua segunda etapa, e ocorre no auditório do SENAC Santana, localizado na rua Ubaldo Figueira – Centro. O primeiro módulo abordou a metodologia de círculos restaurativos aplicados a conflitos de diversas origens. Na segunda etapa o aprendizado está sendo posto em prática.
“A efetividade de um círculo restaurativo se dá com a condução objetiva da discussão sobre o problema, a partir de perguntas-chave que conduzem a abordagem de forma a envolver todos os interessados, sem permitir que se desvie do tema central gerador do conflito”, explicou a instrutora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos – NUPEMEC/TJAP. Conceição Meireles.
Segundo ela os profissionais da Educação, ora capacitados como público alvo central, são “extremamente compromissados com a causa, que já praticam técnicas de restauração em seu dia a dia, mas que vieram aprimorar conhecimentos para que o sucesso dessas práticas seja ainda maior no âmbito das escolas”.
Eliane Oliveira, assessora técnica do gabinete da Secretaria Estadual de Educação e coordenadora do projeto Escola pela Paz, é uma das maiores entusiastas da aplicação de práticas restaurativas nas escolas. Ela informou que só em Santana são 15 unidades escolares que aplicam as técnicas na solução dos mais diversos conflitos. Disse ainda que a mudança de comportamento dos alunos, professores e corpo técnico é visível. “Escolas que apresentavam histórico de anos vivenciando conflitos graves, hoje conseguem estabelecer um cotidiano pacificado”, explicou.
A coordenadora aponta como principais conflitos no ambiente escolar, violência, drogas, suicídio, bulling, automutilação, entre outros. “Para trabalharmos essa multiplicidade de conflitos, reunimos uma rede ampla de parceiros que são acionados de acordo com a natureza do conflito”, explica Eliane. “Estamos buscando alcançar todas as escolas de Santana, que terão o selo de Escola Restaurativa em breve”, finalizou.
Para Célia Bernardes, instrutora do curso de Justiça Restaurativa, a política implantada veio pra ficar, sobretudo nas escolas. “Quando as crianças aprendem a conviver e adquirem competência para lidar com situações de conflito e evitar situações de violência, isso provoca uma mudança na sociedade”, afirmou a especialista.
A experiência no Amapá, em especial na cidade de Santana, está dando tão certo que será levada como objeto de exposição a ser apresentado no Canadá, em abril, por ocasião do Fórum Internacional de Práticas Restaurativas, que irá abordar a manutenção e a sustentabilidade dos projetos existentes ao redor do mundo.
Assistente ministerial da Promotoria de Santana, Keyla Sobrinho, ressaltou que 2018 está sendo marcado pela adesão mais definitiva por parte do Poder Executivo Estadual com relação à adoção das práticas restaurativas nas unidades escolares. “Estão todos muito envolvidos, criando projetos e aplicando as práticas. É assim, juntos, que vamos conseguir transformar Santana na cidade restaurativa que sonhamos”, finalizou Keyla.
- Macapá, 20 de fevereiro de 2018 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Segunda, 19 Fevereiro 2018 22:36