TJAP promove Concurso de Redação para Bolsistas e incentiva Jovens Aprendizes à prática de leitura e escrita

Permear a primeira experiência profissional com ações de estímulo à leitura e à escrita. Este é o objetivo do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) ao realizar, por meio da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude, o Concurso de Redação para Bolsistas do Programa de Complementação Educacional.

Este ano realizado no auditório da Escola Judicial do Amapá, no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), o certame contou com a participação de 67 bolsistas de ensino médio atualmente em atividade nas unidades da Justiça na Capital. As três melhores redações renderão aos autores medalhas, certificados e uma premiação especial surpresa.

Uma das grandes entusiastas do Concurso de Redação, e coordenadora da Área de Infância e Juventude da Justiça do Amapá, a desembargadora Sueli Pini, esteve presente tanto para testemunhar como pronunciar algumas palavras de incentivo aos bolsistas concorrentes. “Todos os aqui presentes já são vencedores, pois, embora no certame alguns inevitavelmente se saiam melhor que outros – afinal é uma competição –, vocês aceitaram o desafio, assumiram o risco e se puseram à prova”, admirou a magistrada.

“Se hoje fossem montar uma Arca de Noé com 67 jovens para reconstruir o mundo, vocês seriam a minha escolha para que no futuro tivéssemos um lugar melhor”, garantiu a desembargadora. “Vocês foram corajosos e destemidos, e merecem este reconhecimento”, completou.

De acordo com Sonia Ribeiro, nesta ocasião atuando como coordenadora da Comissão de Execução do Concurso de Redação, o incentivo à leitura e à redação é um dos pilares do Programa de Complementação Educacional, também conhecido como “Menor Aprendiz”. “Os públicos desse Programa são principalmente alunos da rede pública de ensino médio, jovens de medidas protetivas da Justiça ou mesmo oriundos de medidas socioeducativas”, explicou.

“Em comum, todos eles têm o fato de serem jovens, seres humanos e cidadãos ainda em construção, e é justamente nesse momento crucial que promovemos este incentivo à leitura, por meio de várias iniciativas que ocorrem o ano inteiro”, complementou Sônia.

Dentro do Programa de Complementação Educacional, cada chefia não apenas os prepara para a vida profissional, atribuindo tarefas e responsabilidades, ensinando na prática a ética e a postura profissional, mas também incentivando e apoiando nestas atividades de incentivo à leitura. “Desta forma eles não apenas adquirem um conhecimento técnico, mas também se aprimoram na leitura e escrita, tão necessárias na vida profissional quanto na própria evolução pessoal de cada um”, esclareceu a coordenadora da comissão do concurso.

É graças a esses incentivos, acredita Sônia, que alguns bolsistas exemplares conquistaram muito em suas trajetórias acadêmicas e profissionais. “Temos alguns ex-bolsistas que mais à frente se tornaram nossos estagiários de nível superior, por exemplo. Outros se encantaram com a vivência no Judiciário hoje atuam no mesmo espaço como advogados, defensores públicos e servidores”, relatou. “Outros vão enveredar por áreas diferentes, claro, mas nossa esperança é que o programa incentive a formação de profissionais em todas as áreas, seja na arquitetura, na odontologia, na administração ou qualquer que seja a escolha deles”

Um dos concorrentes no concurso, o bolsista Ricardo Daniel, lotado no gabinete do desembargador João Lages, disse que este apoio reforçando o incentivo já dado na escola é fundamental. “Este concurso é um incentivo a mais e uma experiência que nos ajuda a sentir o espírito da competição, que pode nos ajudar, por exemplo, na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)”, considerou. “A aquisição do hábito de ler e a prática da redação são experiências muito importantes para todos nós e muito necessárias em nossa educação”, complementou.

A também concorrente Luzia de Lima Soares, bolsista lotada na Vara de Violência Doméstica da Comarca de Santana, está há quase dois anos no Programa de Complementação Educacional e elogia a iniciativa. “Acho o concurso uma maneira muito legal de incentivar cada bolsista a exercitar esse lado da escrita e leitura, pensar no futuro educacional e profissional. É um exemplo muito interessante dado pela Justiça”, concluiu.

José Machado, diretor em exercício do Departamento de Gestão de Pessoas (Degesp), ressalta que este concurso é apenas um dos vários elementos que compõe a política de incentivo à leitura e escrita junto a bolsistas. “Ainda esta semana teremos um treinamento em ética no ambiente de trabalho que será ministrado a todos os bolsistas da sede do TJAP, Juizados Especiais e dos Fóruns de Macapá e Santana, em parceria com o Sebrae”, anunciou.

“É nossa responsabilidade promover essa oportunidade a todos os estudantes do quadro de bolsistas, para aprimorar sua educação profissional, ética, comportamental, além de escolar”, explicou. “O treinamento Vamos Falar de Ética será ministrado por voluntários da Organização Não Governamental (ONG) Junior Achievement, dedicada a essa linha do empreendedorismo infantojuvenil”, acrescentou.

Machado lembra que a responsabilidade de orientar os bolsistas, não é pequena. “Não se trata apenas de preparar estes jovens para o mercado de trabalho, mas também para o mundo, e fazemos nossa parte para garantir que eles cheguem um pouco mais preparados para as diversas situações que ainda vão encontrar nessa vida”, concluiu José Machado.

O resultado do Concurso de Redação para Bolsistas do Programa de Complementação Educacional da Justiça do Amapá deve ser divulgado até o dia 18 de dezembro.

- Macapá, 12 de dezembro de 2017 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Terça, 12 Dezembro 2017 08:50