Coral do TJAP emociona público de mais de 3 mil pessoas na 19ª Cantata Natalina da Justiça do Amapá

Música, cultura, beleza e fé permearam a 19ª Cantata Natalina do Coral da Justiça do Amapá, realizada na noite de sábado (02), na Praça da Bandeira, com palco localizado na esquina da Av. FAB com a Rua General Rondon. A apresentação especial, nesta edição batizada de Natal Tucuju, encantou todas as gerações presentes com uma homenagem especial ao cancioneiro amapaense. (VISUALIZAR FOTOS)

Resultado de meses de intensos ensaios do Coral do TJAP, além do planejamento e execução de toda a equipe de apoio, o evento transcorreu com a tranquilidade e a harmonia que só a boa e verdadeira arte proporcionam.

Com a participação de artistas como Zé Miguel, Osmar Júnior e do Banzeiro Brilho de Fogo, a edição especial incluiu no repertório sucessos como: meu Endereço, Igarapé das Mulheres e um pot pourri incluindo músicas de marabaixo, batuque e carimbó. Com arranjos da Maestrina Leandra Valério, que regeu a apresentação em parceria com o corregente Paulo de Tarso, o Coral da Justiça do Amapá ensaiou com os próprios artistas, respeitando e homenageando cada compositor e cantor que emprestou sua música e sua voz a 19ª Cantata Natalina.

Incluindo tanto o Coral Adulto quanto o Coral Infantojuvenil (ambos do TJAP), a apresentação foi acompanhada pelos músicos Fabinho (violão e guitarra), Jefrey (teclado), Sérgio Sena (piano), Odair (bateria), João Paulo (percussão), João Márcio (violoncelo), Sinei (trompete), Miguel Neto (flauta transversal e sax), Gustavo (contrabaixo) e Paulo de Tarso (cavaquinho e voz).

A apresentação, como já é tradição, também foi marcada pelo Acender das Luzes do TJAP e um espetacular show de fogos de artifício, que nesta edição também teve uma atenção toda especial com a cultura ribeirinha e tucuju, exibindo e celebrando elementos típicos do dia a dia do amazônida amapaense.

Segundo o presidente do TJAP, desembargador Carlos Tork, a Cantata Natalina só é possível graças ao trabalho dos coralistas, servidores e demais colaboradores e parceiros do evento e sua inestimável contribuição. “Mas o agradecimento principal é ao povo do Amapá, pela confiança em nós depositada, por se deslocarem de suas casas e lotarem a praça para assistir a este maravilhoso espetáculo”, completou.

Entre as fileiras do coral, antes mesmo do espetáculo, o amor pela música e por esta tradição de fim de ano já emocionava três gerações de uma família. Letícia Marinho, mãe de Laura Marinho, de 07 anos (coro infantojuvenil), e filha de Socorro Marinho (coralista há 22 anos), mal podia conter a emoção e o orgulho de ver a filha tão envolvida e empolgada com a apresentação.

“É o segundo ano que ela se apresenta na cantata e eu acho lindo ela participar deste espetáculo tão tradicional e único. É realmente um privilégio vê-la integrando esse momento”, comemorou. Longe de ver os ensaios como uma obrigação, Letícia afirma que sua filha Laura ama participar do Coral. “Em setembro ela já estava cobrando participar dos ensaios”, garantiu.

Socorro Marinho, coralista com uma trajetória de pelo menos 15 cantatas natalinas, diz ter muito orgulho ao ver a netinha seguir seus passos. “É muito emocionante deixar esse legado, esse amor por cantar, ver a música atravessar gerações e ficar na alma dessas crianças todas”, concluiu.

Alberto Alves há alguns anos queria trazer os três filhos Douglas (14), Karen (10) e Juliane (04), conseguindo pela primeira vez nesta 19ª Cantata Natalina. “É um momento de confraternização e cultura, importante para toda família”, assegurou.

Sobre o fato de esta edição da Cantata ser chamada de Natal Tucuju, dedicada à cultura tradicional amapaense, Alberto comemorou: “é muito importante dar o devido valor ao que é nosso, e ensinar às crianças também, pois são elas que irão viver isso no futuro e precisam dar importância ao que é nosso”.

Sílvia Gomes Correia e seu filho, Mateus Correia Dutra (21 anos), há anos assistem a Cantata Natalina da Justiça do Amapá. “Meu filho, que tem autismo e deficiência visual, adora este espetáculo, a música e algumas pessoas que ele mesmo reconhece no coral”, relatou.

Segundo Sílvia, Mateus se sente muito bem neste evento e com todo o clima de Natal que o envolve. “Todo ano ele pede para vir e para chegar no horário, pois quer ver o acender das luzes e a própria interação com a cultura e com as pessoas ao redor é muito positiva, pois é uma oportunidade de sair do isolamento e participar, se socializar e se evolver com a música”, concluiu.

Para a presidente do Coral da Justiça do Amapá, servidora Nilce Lima, toda Cantata é uma experiência nova e emocionante, e esta não é diferente. “Não há palavras para descrever a emoção de preparar uma Cantata e ainda integrar o Coral, é uma troca de energia imensurável”, assegurou.

“Esta edição em específico, com a valorização da música da terra, era a única coisa que estava faltando em nosso repertório”, observou Nilce. “De início estranhamos a mistura dos tambores ainda nos ensaios, variando bastante o ritmo que estávamos acostumados, mas logo vimos o resultado e nos empolgamos muito”, garantiu.

Segundo Paulo de Tarso, corregente do Coral do TJAP e especialmente tocando brasileirinho no cavaquinho, esta edição da Cantata saiu muito afinada e sincronizada. “É sempre uma alegria quando tudo corre como planejado e fica ainda maior quando temos uma recepção tão boa por parte do público”, comentou.

Paulo comemorou o sucesso de público. “Ano passado foram 2.500 cadeiras e já ampliamos para 3 mil este ano. Estamos prevendo que em 2019 precisaremos de 3.500 cadeiras – público não vai faltar, então cadeiras também não”, brincou.

Macapá, 04 de dezembro de 2017-

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Segunda, 04 Dezembro 2017 07:54