Programa Casamento na Comunidade une 16 casais em cerimônia coletiva no Iapen

O Tribunal de Justiça do Amapá realizou, no último dia 17 (sexta-feira), mais uma edição do Programa Casamento na Comunidade, desta vez unindo em matrimônio 16 casais no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Criado em 1996, o Programa Casamento na Comunidade já celebrou mais de 15 mil casamentos e pretende fechar o ano de 2017 com mil uniões oficializadas em sua programação. (VISUALIZAR FOTOS)

Ação realizada em parceria com a Assembleia Legislativa, Igreja Universal, Cartório Jucá Cruz e a própria administração da penitenciária, a união civil coletiva tem como objetivo criar a oportunidade de cada apenado de oficializar o relacionamento com a família e a sociedade, além de também expressar simbolicamente seu compromisso com o recomeço de sua vida.

De acordo com a coordenadora do Programa, juíza Joenilda Lenzi, cada edição tem um valor próprio, e no presídio o destaque é bem particular. “Essas edições no Iapen têm uma simbologia maior por ser um ambiente em que normalmente não se tem experiências positivas e leves como é a cerimônia de casamento”, explicou.

“Fazemos sempre um esforço para proporcionar uma experiência positiva a todos, mas especialmente aqui a esperança é de uma real mudança de vida, por meio do acesso à cidadania e à regularização de suas situações matrimoniais”, garantiu a magistrada, acrescentando que “é papel da Justiça dar suporte para a recuperação das pessoas e proporcionar essa experiência memorável e tão alegre”.

Para o diretor do Iapen, Lucivaldo Costa, o homem e a mulher não nasceram para viver sozinhos. “Este momento é para celebrar a vida como deve ser, com cada um tendo um companheiro ou companheira para lhe acompanhar nas alegrias e nas tristezas, compartilhando vitórias e apoiando nas derrotas”, ressaltou. “Todos aqui presentes torcemos que o enlace hoje iniciado seja bem sucedido e duradouro”, concluiu.

O bispo da Igreja Universal do Estado do Amapá, Adriano Evaristo, lembrou a todos que o primeiro milagre de Jesus foi realizado em um casamento, o milagre da transformação da água no vinho. “Que este momento, com a bênção de Deus, também represente uma transformação semelhante em suas vidas”, desejou.

Segundo a desembargadora Sueli Pini, grande incentivadora do programa, é trabalhoso para os realizadores, mas as recompensas são bem maiores. “Todos sabem que este momento proporciona alegria e renovação para os noivos, mas nem todos sabem como estes sentimentos também valem para nós, profissionais da Justiça envolvidos direta ou indiretamente”, garantiu a magistrada.

“Poucos param para pensar que nossa rotina é tratar, diariamente, de conflitos, crimes, sentimentos negativos e duras realidades, enquanto aqui celebramos a união, a alegria e a mudança positiva na vida de cada casal, de cada família”, acrescentou a desembargadora. “Toda vez que vocês se candidatam a uma vaga no Programa Casamento na Comunidade nós também somos presenteados”, disse aos nubentes.

A desembargadora lembrou aos presentes que manter um casamento é um esforço diário, um exercício de fé em si e no par escolhido, não só para os encarcerados, mas para as noivas que estão fora. “Todos aqui estão cheios de vontade de assumir essa profunda responsabilidade de constituir uma família, e mesmo cientes de que ninguém é perfeito, puseram seus noivos e noivas, além de futuros filhos e filhas, acima da pena que é cumprida aqui, acima do tempo que falta para que esta dívida social seja paga”, complementou.

Também participaram da cerimônia a tabeliã do Cartório Jucá Cruz, Taynara da Silva Maciel; Pastor e coordenador do Programa na Igreja Universal do Reino de Deus, David Washington da Silva; pastor responsável pelo Programa Casamento na Comunidade dentro do Iapen, Jesiel Prado e, como convidado, o padre Premoli Pulioindi.

-Macapá, 21 de novembro de 2017-

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Terça, 21 Novembro 2017 07:24