Cejusc de Santana prepara ação de círculos restaurativos em comunidade ribeirinha do Rio Pirativa
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) e o Comissariado da Infância e da Juventude da Comarca de Santana preparam uma grande ação de sondagem com a comunidade quilombola de São Raimundo do Pirativa. Programada para o dia 24 de novembro, das 7h30 às 15 horas, na Escola Estadual Foz do Rio Pirativa, a ação deve estabelecer um diálogo com membros da comunidade para captar as necessidades dos moradores acerca de serviços da Justiça e receberá um público estimado em 150 pessoas entre estudantes, pais, professores e técnicos da escola, além de lideranças comunitárias.
Segundo a coordenadora do Cejusc e titular da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Santana, juíza Larissa Noronha, “o objetivo da ação é perceber melhor as condições em que vivem estas pessoas, quais os principais conflitos que marcam o seu dia a dia e de que forma a Justiça e parceiros da ação poderão atuar na região”.
Segundo a promotora de Justiça Sílvia Canela, a metodologia, já testada em experiências anteriores, como na Ilha de Santana, consiste em dividir os membros da comunidade em pequenos grupos, de acordo com faixa etária e gênero. “Uma vez formados os grupos, nossos facilitadores iniciarão o diálogo com uma série de perguntas que guiarão todo o debate”, complementou.
Entre as perguntas aplicadas estão:
- Quais os problemas que mais afetam a comunidade e como afetam?
- O que pode ou deve ser feito para solucionar ou amenizar a situação?
- Como cada um pode ajudar nesta solução?
Segundo a juíza Larissa Noronha, não se trata de simplesmente de o Poder Judiciário e o Ministério Público se fazerem presentes e apresentarem soluções. “Esse diálogo é importante para não chegarmos com iniciativas pré-fabricadas e não impormos soluções inadequadas às necessidades locais, o que já sabemos que não funciona”, defendeu. “Precisamos escutar diretamente deles quais são as demandas locais e fazê-los participar dessa etapa de decisão”, esclareceu a magistrada.
A promotora de Justiça Sílvia Canela esclareceu ainda que “esta metodologia é importante também por desempenhar o papel de despertar o cidadão e estimulá-lo a participar ativamente das soluções de seus problemas, inclusive independentemente de participação institucional”.
Segundo o coordenador das ações de fiscalização da Central de Proteção da Criança e Adolescente, Lauro Paulo da Luz, a Escola Estadual Foz do Rio Pirativa cederá oito salas para esta ação, que focará em pais e estudantes ali matriculados, além de padres, pastores e lideranças comunitárias. “Faremos duas visitas antes da data efetiva da ação para garantir todos os ajustes necessários execução do que foi planejado”, garantiu Lauro.
A juíza Larissa ressaltou que, “quando retornarmos desta sondagem, precisamos analisar a avaliação que cada par de facilitadores fez do círculo que integrou, dando o olhar de cada uma de nossas instituições para pensarmos como contribuir com a melhoria das condições de vida daquela comunidade, além de encaminharmos as soluções”.
Uma nova reunião deste grupo ficou marcada para o dia 16 de novembro (quinta-feira), às 11h30 Cejusc da Comarca de Santana. Também serão convidadas representações do Conselho Tutelar e do 4º Batalhão da Polícia Militar.
-Macapá, 17 de novembro de 2017-
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Quinta, 16 Novembro 2017 22:18