Desembargador Carmo Antônio visita práticas de mediação e de círculos de diálogo no IAPEN
O desembargador Carmo Antônio de Souza acompanhou as ações realizadas pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC/TJAP) desenvolvidas no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá – IAPEN. O magistrado coordena o Comitê de Práticas Restaurativas do Judiciário Amapaense.
“Para minha surpresa encontrei a Escola Estadual São José, que funciona dentro do IAPEN, e onde está instalado um Núcleo de Mediação Escolar, que conta com uma estrutura muito boa e bem cuidada pela direção e corpo técnico”.
O magistrado pode entrar em contato com a prática de círculos de diálogos, ouvindo depoimentos. “Ouvir pessoas que já estão em cárcere e outras que estão chegando a essa condição manifestarem suas emoções, é algo inédito para mim”, destacou o desembargador, lembrando que o projeto em questão está concorrendo ao Prêmio Innovare 2017. Disse ainda que acredita na contribuição daquelas práticas para a ressocialização dos condenados pela Justiça.
Sônia Ribeiro, supervisora do NUPEMEC, informou que um curso de formação em mediação e também em práticas restaurativas foi realizado dentro do IAPEN. No momento atual, o Núcleo de Mediação Escolar ali instalado, tem realizado a prática supervisionada dos professores e dos detentos que participaram da capacitação em 2016. Segundo ela, um dos círculos de diálogo em prática contempla presos que apresentam conflitos nas celas.
“Outro círculo que estamos supervisionando é feito em cooperação com a Faculdade FAMA, por meio dos alunos do curso de Psicologia, que trabalham nos detentos a identificação e compreensão do ego e do super ego”, conta Sônia. Essa prática, especificamente, é destinada àquelas pessoas que cumprem pena pela primeira vez, “um público em geral muito jovem”, relatou. As sessões ajudam a pessoa a entender a potencialidade lesiva de seus atos, promovendo uma reflexão.
Sobre a importância das práticas restaurativas, a desembargadora Sueli Pini, presidente do NUPEMEC, ressaltou que a meta do Núcleo do Iapen é avançar para a prática de Justiça Restaurativa propriamente dita, “quando se propicia o encontro do condenado com as vítimas”. Segundo ela, muitas vezes os familiares de uma vítima de homicídio só querem olhar para o responsável e perguntar “por que você fez isso?”. Para a magistrada, os presos precisam “começar a sentir o verdadeiro remorso pelo crime cometido. Para isso precisam ficar de frente para o prejuízo e a dor que causaram, tomar ciência da tristeza e do sofrimento das famílias das vítimas, para então, quem sabe, se sensibilizarem e quererem mudar e até repararem de algum modo o que fizeram”. O primeiro passo está sendo dado com os círculos de diálogo, onde os presos devem reconhecer e falar sobre o crime que cometeram.
Macapá, 04 de Outubro de 2017-
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Quarta, 04 Outubro 2017 05:00