Juizado da Infância de Macapá realiza curso preparatório para candidatos à adoção
O Juizado da Infância e da Juventude da comarca de Macapá (JIJ) realizou, durante os dias 27 e 28 de setembro (quarta e quinta-feira), no Plenário do Fórum de Macapá, o “Curso de Adoção” - obrigatório por Lei, destinado a pretendentes à adoção e que se cadastraram no Juizado.
De acordo com o Assistente Social Bruno Nogueira, um dos coordenadores do evento, o curso atende ao que estabelece a Lei nº 12.010, de 2009, que dispõe sobre adoção e prevê, obrigatoriamente, que a inscrição de postulantes seja precedida de um período de preparação psicossocial e jurídica, neste caso orientado pela equipe técnica da Vara da Infância e Juventude de Macapá.
“A ideia é fazer com que os pretendentes tirem todas as dúvidas e conheçam os aspectos sociais e psicológicos em relação ao processo de adoção”, explicou Bruno. Ele também relatou que participam do curso pessoas interessadas em adotar e aquelas que querem formalizar um processo. “É o que a gente chama de adoção unilateral - quando a pessoa já está com a criança ou essa criança é filho ou filha do companheiro ou companheira, e quer apenas registrar no seu nome”, esclareceu Bruno.
Este é o caso das professoras Odinete Silva da Conceição e Graça Senna Ramos. Elas mantém um relacionamento de 24 anos, mas Graça Ramos adotou Kiara desde seu nascimento, há 11 anos, e hoje a Odinete também quer reconhecer a criança como filha.
“Eu também ajudei e ajudo na criação e na educação, então, eu também sou mãe dela e quero isso na certidão”, narrou Odinete. “Até porque ela cobra o fato de oficialmente ser filha só da Graça”, completou.
“Como hoje está mais fácil do que há 10 anos, estamos aqui para oficializar esse processo e aproveito para agradecer à Justiça por estar facilitando isso tudo para nós”, explicou Odinete.
Em meio a tantos casos interessantes de postulantes à adoção e de adoção unilateral, encontramos o da também professora Adriana Livino da Silva, uma brasiliense que conheceu o Amapá por meio dos sobrinhos, a quem ela carinhosamente chama de filhos. Ela resolveu retornar ao Estado para finalizar um trabalho de voluntariado, o que coincidiu com a data do curso de adoção. Com os “filhos” todos criados e prestes a se aposentar, a educadora sonha em adotar não só um, mas várias crianças, porém a dificuldade na capital federal fez com ela escolhesse o Amapá para iniciar o processo de adoção.
“É um desejo, é um sonho de maternidade porque venho de uma família de sete irmãos e mais três adotados e a única que não teve o prazer de ser mãe biológica fui eu, e eu tenho fé que vai dar certo. Visitei um dos abrigos, a casa lar Ciã Katuá e me identifiquei com várias crianças que estão lá e quero levar como meus filhos um, dois, três ou até mais”, revelou a professora.
Advogado há 43 anos, Francisco Januário, hoje com 74 anos de idade, é pai de oito filhos, todos com mais de 18 anos de idade e vida “já resolvida”. Januário cria um filho especial há três anos e quatro meses e agora quer legalizar o processo adotivo.
“Meu filho é autista e precisa muito de mim, até porque não quero ser só um pai e sim um observador e uma presença constante na sua vida. Eu me identifiquei com ele desde o dia em que o conheci. Enquanto uns escolhem cor, raça e sexo eu escolhi a pessoa, fui pelo coração,” revelou Januário.
Esse é o 3º curso de um total de quatro que são realizados anualmente nos meses de março, julho, setembro e dezembro. Após o treinamento os participantes serão visitados e entrevistados pela equipe interdisciplinar de adoção, que elaborará relatório avaliando se estão aptos ou não a adotar. O documento será submetido a parecer do Ministério Público e embasará decisão judicial relativa à inscrição ou não da parte no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
Macapá, 03 de Outubro de 2017-
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Terça, 03 Outubro 2017 01:32