Sessão Solene de Posse do magistrado Rommel Araújo de Oliveira no cargo de desembargador

O Plenário do Tribunal de Justiça do Amapá ficou pequeno, nesta sexta-feira (29), durante sua 722ª Sessão Extraordinária e Solene, na qual foi empossado o mais moderno desembargador da Corte, o magistrado Rommel Araújo de Oliveira. Com 26 anos de magistratura no Amapá, ele tomou posse após eleito, na última quarta-feira (27), pelo critério de merecimento – terceira ocasião em que figurou na lista tríplice. (VISUALIZAR FOTOS)

Com presença massiva de magistrados do 1º e 2º Graus da Justiça Amapaense, operadores do Direito de diversas áreas, servidores do Judiciário, autoridades civis e militares, imprensa, familiares e amigos do empossado e sociedade civil organizada a cerimônia ganhou ares de confraternização, tamanha era a alegria dos colegas, em reencontro.

Após o rito completo de posse – com abertura da sessão, condução do desembargador Rommel pelos desembargadores Gilberto Pinheiro e João Lages, juramento, assinatura do termo por parte do mais novo membro da corte e entrega da toga e colar do Mérito Judiciário pelos desembargadores Carlos Tork e Agostino Silvério Junior – a juíza Elayne Cantuária, presidente da Associação dos Magistrados do Amapá, manifestou seus votos de felicidade e sucesso ao recém desembargador Rommel Araújo de Oliveira. “Foram três anos de muita expectativa, tendo chegado à lista tríplice três vezes seguidas e, finalmente, conquistando esta merecida ascensão”, registrou a magistrada.

“Meu recado ao desembargador Rommel é que, em sua posição, a responsabilidade é ainda maior, pois valores como a justiça, a moral e a ética ficam até mesmo acima da lei”, ressaltou. “Peço, na certeza de atendimento, que o desembargador Rommel nunca esqueça de onde veio: do 1º Grau da Justiça do Amapá”, concluiu a presidente da Amaap.

O presidente da OAB-AP, Paulo Campelo, que compôs a mesa de honra, observou que testemunhar a solenidade de posse do novo desembargador é uma honra e uma alegria. “Todos nós, advogados, conhecemos bem sua atuação no 1º Grau, marcada por grande sabedoria e sensibilidade”, relatou. “Só pedimos que siga sendo o mesmo magistrado que já conhecemos e receba um abraço simbólico em nome de toda a advocacia amapaense”, concluiu.

Já o senador Randolfe Rodrigues, também membro da mesa de honra, disse que o destino quis que a posse do desembargador Rommel Araújo de Oliveira ocorresse em momento tão tumultuado da história brasileira. “Sua responsabilidade, como a de todos os outros magistrados, é a de reafirmar a justiça, a legalidade e o estado democrático de direito”, observou, lembrando que “o exercício da Justiça só é possível dentro dos ditames da Constituição Federal”.

O Procurador-Geral do Estado do Amapá, Narson de Sá Galeno, na ocasião representando o governador Waldez Góes, parabenizou o novo desembargador ressaltando o fato de ser reconhecidamente um homem justo. “E acrescento que esta festa não é só sua, mas de sua esposa e filhas, que certamente também têm responsabilidade sobre ela, por o apoiarem em toda esta trajetória”, disse.

O desembargador João Guilherme Lages revelou que foi uma grata satisfação receber a incumbência de recepcionar em discurso o novo componente da Corte da Justiça do Amapá. “Para chegar aqui você enfrentou fortes adversários, seguindo a mesma máxima de um Highlander: só pode haver um”, brincou.

Humor à parte, o desembargador Lages fez referência à memória dos pais do magistrado Rommel Oliveira. “Podem não estar de corpo presente, mas não tenho dúvidas que estão aqui em espírito, orgulhosos de mais essa conquista do filho”, ressaltou.

Ainda em sua mensagem de boas vindas, o Desembargador Lages acrescentou que os serventuários de todos os níveis vêem no novo desembargador um sinal de renovação. “Precisamos agregar ao conceito de justiça o de misericórdia, pois depois deste mundo também seremos julgados”, finalizou.

O desembargador empossado, Rommel Araújo de Oliveira, proferiu emocionado discurso detalhando sua trajetória e ressaltando a importância de diversos personagens que fizeram parte dela. “Em momentos como esse que olhamos para trás e percebemos quem nos acompanhou nesta trajetória, aqueles a quem chamamos de amigos”.

“Venho de uma família de classe média, surgida do amor de um nordestino que saiu do Maranhão recém-formado em Direito para ser taquígrafo na Câmara dos Deputados em Brasília e também advogado, meu pai Cícero, e também de uma linda mulher que tudo deixou para, casada, seguir para o Planalto Central, minha mãe Hildete”, narrou. “Juntos, em Brasília, os dois cresceram e nasceram minha irmã e eu”, complementou.

“Foi em Brasília, entre o melhor do rock nacional e os movimentos de Diretas Já que entrei, em 1984, para o curso de Direito”, relatou. “Trabalhando com meu pai em seu escritório de advocacia, deste o primeiro semestre no curso, passei a transitar por ambientes como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, pelo Tribunal Federal de Recursos e pelo Supremo Tribunal Federal”, continuou.

Concluindo o curso de Direito, o então recém-formado percebeu que seu sonho estava na magistratura. “Passei no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, conhecendo o lado de dentro do balcão como serventuário”, contou, “aí está a razão, companheiro Lages, que também foi servidor, de sempre respeitar e valorizar nossos serventuários, pois sem eles nada somos”, completou.

“Em 1991 pisei pela primeira vez em solo amapaense sem conhecer ninguém e, na fase oral do certame, minutos antes de entrar no Fórum para ser arguido, um anjo apareceu na porta da sala onde eu estava e perguntou: ‘Está nervoso? Fique tranquilo, pois você vai passar!’, e com isso enchi o peito de coragem e fui fazer a prova oral”, narrou. “O anjo era Telma Duarte, a quem carinhosamente chamo de Telminha, minha madrinha”, completou.

O desembargador seguiu a narração contando que teve a honra de instalar a Comarca de Santana, sendo seu primeiro diretor. “Também recordo de uma amizade sólida, batizada nas águas do rio Araguari, primeira comarca que visitei como juiz, com meu amigo João Lages”, acrescentou.

Também registrou a busca por inspiração e conhecimento com um magistrado tão reservado quanto ele, mas sempre de braços abertos, o desembargador Agostino Silvério Júnior. “Já o desembargador Carmo Antônio me presenteou com a jóia mais rara de minha vida, Maria Eliane”.

Em seu discurso, o desembargador Rommel homenageou diversos magistrados que conheceu ao longo da carreira, ressaltando o desembargador decano Gilberto Pinheiro, “que nos ensina diariamente que o amor ao Amapá não tem limites, e que qualquer desembargador tem que ser humilde e desprovido de vaidade”.

“Por fim, ao povo do Estado do Amapá, renovo meu compromisso de julgar de forma isenta e seguir as leis e a Constituição do nosso País, sempre na busca da justiça e da paz social”, concluiu o desembargador Rommel Araújo de Oliveira.

Sucinto, após tantos outros discursos, o presidente do TJAP, desembargador Carlos Tork, resumiu sua mensagem agradecendo. “O protocolo exige que o parabenizemos, mas a verdade é que os presenteados somos nós nesta solenidade”, observou.

“Desembargador Rommel, receba meus cumprimentos, agora como um colega, e meu agradecimento por honrar esta corte com sua presença e participação, tornando mais uma vez completo o colegiado de desembargadores da Justiça do Amapá”, concluiu.

A cerimônia encerrou com a brilhante apresentação do Coral do Tribunal de Justiça do Amapá que, mais uma vez, encantou e emocionou a todos os presentes.

- Macapá, 29 de setembro de 2017 -

Assessoria de Comunicação Social
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Criado: Sexta, 29 Setembro 2017 12:53