Workshop sobre Constelações Familiares lota Plenário do Fórum de Macapá e apresenta experiências ao vivo
A Justiça do Amapá, em cooperação com o Ministério Público do Amapá, proporcionou um workshop sobre Constelações Familiares para um grande público, inclusive os que atuam nas redes de atendimento à família, infância, juventude e violência doméstica, além de magistrados e servidores. O workshop foi ministrado pela especialista Marilise Einsfeldt e ocorreu na terça-feira (12), no Plenário do Fórum de Macapá.
Marilise Einsfeldt é professora, palestrante e coordenadora de trabalhos de dinâmica de grupos e constelações familiares. A especialista exerce atividades terapêuticas com pessoas e instituições, consultoria organizacional e ministra cursos abordando o direito sistêmico segundo a ótica das Constelações Familiares, técnica desenvolvida pelo filósofo alemão Bert Hellinger.
Na abertura do evento, a desembargadora Sueli Pini, coordenadora estadual da infância e juventude do TJAP e presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos – Nupemec, ressaltou o “árduo trabalho que vem sendo realizado em busca de caminhos consensuais para a solução de conflitos”, destacando o papel do grupo que chamou carinhosamente de “as corajosas meninas de Santana”. São elas, a promotora de justiça Sílvia Canela e as juízas Larissa Noronha, titular da Vara da Infância e Juventude e Michele Farias, titular da Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Santana.
“As Constelações Familiares são práticas que podem agregar valor e qualidade na entrega da prestação jurisdicional”, afirmou a desembargadora Pini. No âmbito do Judiciário, o uso dessa técnica tem por base a compreensão de que os conflitos entre grupos, pessoas ou internamente em cada indivíduo, são provocados em geral por causas mais profundas dos envolvidos do que um mero desentendimento pontual.
Para o especialista Sami Storch, juiz de Direito baiano, “os autos de um processo judicial dificilmente refletem essa realidade complexa. Nesses casos, uma solução simplista imposta por uma lei ou por uma sentença judicial pode até trazer temporariamente uma trégua na relação conflituosa, mas muitas vezes não é capaz de solucionar verdadeiramente a questão de fundo, de trazer paz às pessoas”.
Desse modo, o Direito Sistêmico entende que a solução de um conflito não poderá ser nunca para apenas uma das partes, porque ela sempre precisará abranger todos os envolvidos no conflito. A terapêutica das Constelações Familiares ensina de que todas as pessoas integram um campo morfológico, ou morfogenético, que abrange informações de todos os seus antepassados. Essa ancestralidade estaria presente na formação biológica, psicológica e emocional, influenciando atitudes, visão de mundo e escolhas do indivíduo presente.
Para melhor compreensão da plateia presente ao evento, a juíza Larissa Noronha apresentou dois casos para serem “constelados” ao vivo, diante do auditório, com mediação da palestrante. As duas situações integram processos judiciais que correm sob sua responsabilidade. O primeiro tem como protagonista um adolescente que matou a própria mãe. O segundo, apresentou uma adolescente envolvida em atos infracionais, que na infância teve a mãe assassinada pelo pai.
Voluntários da plateia atuaram como representantes dos personagens dos conflitos, chamados a fazer a “associação”, uma “conexão mental” com os verdadeiros protagonistas, à distância e sem conhecimento de suas identidades. Conduzidos por questionamentos feitos pela mediadora, os personagens agiam de acordo com seus sentimentos provocando uma catarse, levando os indivíduos a atingir diferentes emoções, proporcionando uma possibilidade de compreensão e até de cura.
“As Constelações Familiares não têm a pretensão de reverter os conflitos”, afirma a mediadora Marilise Einsfeldt. Mas, segundo ela, pode oportunizar uma grande compreensão que favoreça em alguns casos sim a solução do conflito. Para a pesquisadora, o ser humano se compõe de quatro dimensões: mental, física, espiritual e emocional. Nesse sentido, e não no sentido religioso ou místico, especificamente, a conexão entre as pessoas participantes passa por todas essas dimensões.
Macapá, 13 de setembro de 2017-
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Quarta, 13 Setembro 2017 07:25