Círculos Restaurativos promovem reflexão terapêutica em internos do IAPEN

Imagem 01 14Prática restaurativa dentro do sistema prisional é a mais nova metodologia de ressocialização de pessoas privadas de liberdade, no Instituto Penitenciário do Amapá (IAPEN). A novidade teve início em junho desse ano e está sob a coordenação de duas educadoras penitenciárias: Valéria Regina Oliveira Leite, pedagoga, e Raquel Souza de Lima, advogada.

iapennElas coordenam o Núcleo de Mediação e Práticas Restaurativas do IAPEN com apoio do Tribunal de Justiça do Amapá, por meio do NUPEMEC. O carro chefe da iniciativa é o programa “Restaurar”, que ocorre por meio de círculos de diálogos conduzidos com técnicas de psicoterapia. Para esse trabalho, além das práticas de mediação e conciliação, foram capacitados 38 servidores em 2015.

Imagem 01 18“Dentro do nosso fazer, que é o tratamento penal, priorizamos o método de círculos de diálogos atuando com diversos públicos alvo internos. Por exemplo, ano passado realizamos os círculos com casais que participaram do Casamento Comunitário dentro do presídio. Eles conseguiram expressar de suas emoções e perspectivas”, pondera Valéria. Os círculos de diálogos são feitos separadamente também com internos idosos e mais recentemente com aqueles que não podem receber visitas, ou seja, que ficam no chamado “fechadão”.

Por intermédio de um convênio com a Faculdade FAMA, psicólogos em formação realizam oficinas psicoterapeutas, com abordagem restaurativa, dentro do programa. “Essas oficinas atuam na restauração do "eu". São propícias para esse momento em que eles se encontram privados de liberdade, exatamente para uma reflexão”, argumenta a pedagoga.

Os ciclos podem ser de diálogo, de compreensão, de restabelecimento, de construção de senso comunitário, de resolução de conflitos, de restauração e também de celebração. "Todos com enfoque reflexivo e tento em vista a cultura da paz, da harmonia, da pacificação, da busca pela ressocialização e objetivando sempre a não reincidência”, explica a advogada Raquel Souza.

Raquel revela que as dinâmicas aplicadas demonstram um público, em geral, com autoestima muito baixa e que, a princípio, tem muita dificuldade de confiar e se expressar. Mas, quando conseguem costumam encerrar com depoimentos de alívio e muita esperança. A intenção do programa é, num segundo momento, envolver as famílias.

Imagem 01 12“Somos educadores penitenciários há pelo menos 15 anos e, durante muito tempo, procuramos uma metodologia que fizesse a diferença no nosso trabalho. Essa metodologia de Práticas Restaurativas veio responder nossos anseios. Percebemos a receptividade e a reflexão que neles é provocada”, finaliza Valéria. “Buscamos fazer com que eles percebam o seu valor enquanto pessoas e sujeitos de mudança da sua própria vida para que possam trilhar um caminho novo e melhor”, conclui Raquel.

 

- Macapá, 10 de outubro de 2017 -

Assessoria de Comunicação Social
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