Justiça do Amapá celebra 133 matrimônios na primeira edição do Casamento na Comunidade de 2017
Uma união de 23 anos, inspirada no matrimônio de um de seus frutos, finalmente conquistou sua oficialização. Alacid Gama dos Santos (51) e Francinete Rocha Cordeiro (57) representaram outros 132 casais na primeira edição de 2017 do programa Casamento na Comunidade. Realizada na sede SEBRAE na última sexta-feira (18), a celebração foi motivo de emoção e marco na história pessoal de 266 pessoas e seus familiares e amigos. (VISUALIZAR FOTOS)
Casal mais antigo desta edição, Alacid e Francinete contaram, na cerimônia, com a presença de dois de seus filhos: Wevrton Cordeito dos Santos, que no passado cobrava a oficialização, e Wallacy Cordeiro dos Santos, que casou antes dos próprios pais e os inspirou a concretizar o antigo desejo.
Segundo Wevrton é muito gratificante estar presente em um momento tão importante para os dois. “Eu mesmo cobrava isso antigamente, mas já nem passava mais pela minha cabeça essa possibilidade”, confessou. “Antes só meu pai queria o casamento, depois inverteu a posição, mas finalmente, com a graça de Deus, eles resolveram essa situação – inclusive inspirados no casamento do meu irmão, Wallacy, que eles assistiram e acharam muito bonito e emocionante”, revelou Wevrton.
Para Alacid, a grande motivação foi os filhos, mas também é importante ter a situação oficializada no papel. “Mais à frente, se acontecer alguma coisa comigo, com tudo oficializado minha mulher não precisa ainda ter dor de cabeça para provar o que toda nossa família já sabe”, explicou. De acordo com Francinete, é mais uma questão de autoestima. “Estou muito mais leve, agora, pois é uma confirmação oficial de uma relação que tem muito amor e respeito, e fico muito feliz de ter essa oportunidade”, explicou.
Outro casal beneficiado foi o formado por Eduardo Pinto de Jesus (21) e Danúbia Raika Fagundes da Silva (40), que já vivem como companheiros sob o mesmo teto há quase quatro anos. Segundo Danúbia, “nossa intenção hoje é oficializar nossa relação, não apenas aos olhos de Deus, mas também sob a lei dos homens, para que possamos viver e usufruir de todos os nossos direitos como marido e mulher”.
Eduardo lembrou ainda que a condição de casado muda outros aspectos da vida. “No trabalho, por exemplo, é mais fácil de conseguir uma vaga quando o profissional é casado, pois passa uma imagem de estabilidade, e isso acontece na vida em geral”, complementou.
Paulo Pombo (41) e Benilda Muniz (38) também já viviam juntos há 12 anos, mas resolveram participar do programa Casamento na Comunidade. “Aproveitamos essa oportunidade para oficializar, valorizar e engrandecer o relacionamento já constituído”, explicou Paulo. Ele acrescentou que dá grande importância e recomenda que outros em situação semelhante tenham a mesma atitude, pois “se você conseguir essa oficialização documental fortalece a relação e a família, além de colocar à sua disposição uma série de direitos garantidos por lei”.
De tanta ansiedade para a arrumação, Benilda quase desiste. “Fiquei um pouco nervosa na arrumação e pensei até em desistir, mas depois ele me acalmou e viemos respeitar o compromisso”, relatou a noiva.
Celebrado pela coordenadora do programa Casamento na Comunidade e juíza titular da 3ª Vara de Família da Comarca de Macapá, na ocasião imbuída da função de juíza de paz, Joenilda Lenzi, o matrimônio coletivo é apenas o primeiro programado para este segundo semestre de 2017 – um total de mil casamentos está programado para o período. “Deveriam ser 150 casais, mas devido a problemas de documentação, 17 deles precisaram ficar na fila de espera para a próxima edição”, explicou a juíza.
Criado em 1996, o casamento na Comunidade da Justiça do Amapá já casou mais de 12 mil pessoas, e a juíza Joenilda Lenzi fez questão de reconhecer o esforço de quem idealizou o programa e que por tanto tempo lutou por sua continuidade. A magistrada também fez questão de agradecer aos parceiros – entre eles SEBRAE, os voluntários do CEJUSC e varias representações de igrejas ali presentes –, mas dedicou mensagem especial aos noivos: “estamos aqui por vocês e para vocês, que tomaram esta importante decisão, que, além de ser um gesto de amor, é um ato de coragem”, concluiu Joenilda Lenzi.
A deputada estadual Cristina Almeida, presente à mesa de honra do evento, lembrou aos casais que a vida nem sempre dá a oportunidade de oficializar a união. “Mas registro que é um prazer representar a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá neste momento, inclusive como instituição parceira fundamental à continuidade do programa, como outros ressaltaram”, acrescentou. “É também uma honra fazer parte deste momento tão importante na história de todos vocês”, concluiu a deputada.
A desembargadora Sueli Pini registrou a importância e a emoção que este momento representa para todos que compõem a Justiça do Amapá e parceiros da ação, mas também a importância fundamental que a oficialização do casamento representa na vida de cada casal. “Vocês e suas famílias nunca esquecerão este momento e o valor que ele guarda para a sua relação”, garantiu. “Que bom que o casamento, ao contrário do que se diz, nunca sai de moda”, comemorou a desembargadora.
“Nosso desejo aqui é que todos vocês, noivas e noivos, carreguem consigo algo de positivo e eterno, que é a mensagem de amor e compromisso que estão enviando agora”, afirmou, “e que pensem duas vezes antes de transformar um pequeno conflito do dia a dia em uma discussão, ou uma discussão em uma briga”, enfatizou a magistrada.
Para além do aspecto emocional, a desembargadora Sueli Pini também enumerou algumas questões práticas, tanto para os noivos quanto para a Justiça do Amapá e toda a sociedade. “A oficialização do matrimônio é um investimento, pois além de aumentar o valor desta relação um para o outro e para a sociedade em que o casal está inserido, o matrimônio repercute em uma série de benefícios, como facilidade de inclusão como dependente em planos de saúde suplementar e mesmo para efeito de herança e partilha de bens, no eventual falecimento de um dos dois”, observou. “Uma vez que o casamento está confirmado oficialmente, não é preciso correr atrás de uma sentença que determine a existência prévia de uma relação que já era conhecida pela família e pela sociedade, e, desta forma, deixa-se de criar uma grande papelada que ocupa os escaninhos do Judiciário”, complementou.
A desembargadora fez questão de enfatizar a iniciativa da ALAP, que ano passado procurou o Judiciário para oferecer sua cooperação no programa Casamento na Comunidade. “Até então, o Tribunal de Justiça arcava com a maior parte dos custos, apesar de ter outros parceiros”, pontuou. “Após os trâmites iniciais, que tomaram o primeiro semestre do programa, conseguimos firmar o convênio entre ALAP e TJAP e, somente no segundo semestre, realizaremos nossa meta anual, que estava programada para bater os mil casamentos”, comemorou a desembargadora.
-Macapá, 21 de agosto de 2017-
Assessoria de Comunicação TJAP
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- Criado: Segunda, 21 Agosto 2017 00:31