Justiça do Amapá oferece Oficina de Mediação Familiar a 150 casais do programa Casamento na Comunidade
O Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, por meio do Programa Casamento na Comunidade e da Central Judiciária de Solução de Conflitos (CEJUSC) realiza, nesta quarta-feira (16), a “Oficina do Casamento: Mediação Familiar”. O objetivo é incluir 150 casais que contrairão matrimônio na cerimônia comunitária do próximo dia 18 de agosto, em capacitação sobre técnicas básicas de mediação de conflitos.
De acordo com a coordenadora do programa, juíza Joenilda Lenzi, o propósito é capacitar essas pessoas para que tenham condições de minimizar ou até eliminar a maior parte dos conflitos que ocorrem dentro de casa, mesmo estando neles inseridos. “Com isso pretendemos oferecer um serviço que não apenas oficializa e garante uma série de direitos aos cônjuges, mas que pode até aprimorar a relação do próprio casal, como de ambos com seus filhos e outros familiares”, explicou.
Joenilda Lenzi comentou que é comum que outros parentes, voluntariamente ou não, também interfiram na rotina e no relacionamento dos casais e das famílias. “Pretendemos, assim, oferecer uma capacitação mínima para que os cônjuges possam não apenas defender a integridade da sua unidade familiar, mas também buscar, com as técnicas aprendidas, eliminar os conflitos ainda na sua raiz, no seu surgimento”, complementou a magistrada.
A juíza observou ainda que a maioria dessas pessoas já vive como casal, buscando apenas a oficialização, mas “esta capacitação agregará valor ao ato da cerimônia, incrementando o potencial de longevidade da relação e proporcionando uma convivência mais saudável e satisfatória para ambos, para seus filhos e demais agregados que com eles conviverem”.
O casamento do dia 18 será apenas o primeiro de um total de oito com o workshop de quatro horas. Para as outras edições deverá ser ampliado para 15 horas/aula e com duração de cinco dias.
Titular da 3ª Vara de Família da Comarca de Macapá, a juíza Joenilda Lenzi tem acesso diário a processos que envolvem conflitos domésticos que muitas vezes poderiam ser evitados. “Boa parte dessas técnicas que ensinaremos no workshop são aplicadas por mediadores formados pela Justiça do Amapá. Pretendo encaminhar pessoas para esses cursos de modo que cada um aprenda a lidar com situações conflituosas que fazem parte de todas as relações humanas”, garantiu.
Um fator crucial do matrimônio é a gama de direitos produzidos a partir da oficialização. “É muito mais fácil e tranquilo o reconhecimento de filhos, o recebimento de pensão e viagens com filhos com menos de 18 anos ao exterior”, exemplifica a magistrada. “No caso do falecimento de um dos cônjuges, a certidão de casamento é um documento incontestável de que existia a união, não sendo necessário entrar com ação na Justiça para reconhecer uma união estável, pois mais que ela tenha 35 anos de existência – como ocorre frequentemente”, acrescentou a juíza Joenilda Lenzi.
A juíza defende a oficialização do matrimônio também como ferramenta de engrandecimento afetivo para a relação. “O casal que já tem uma convivência e que resolve regularizar acaba demonstrando, mutuamente, a firmeza da decisão de dividir uma vida com o outro e constituir família”, defende a juíza.
“Muitas vezes o casal não consegue se definir como casal pela falta daquele documento, ficando sem saber dizer se são namorados, noivos ou o quê. Daí percebemos que é um ato com forte valor simbólico, principalmente para a mulher – mas também para a sociedade, que ainda demanda algum atendimento a certas convenções”, complementou.
A “Oficina do Casamento: Mediação Familiar” será realizada no dia 16 de agosto (quarta-feira), das 16 às 20 horas, no Plenário do Fórum de Macapá, com entrada pela Av. FAB. Os mesmos participantes da Oficina contrairão núpcias no dia 18 de agosto (sexta-feira), na sede do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) do Amapá, av. Ernestino Borges, 740 - Laguinho.
-Macapá, 15 de agosto de 2017-
Assessoria de Comunicação TJAP
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- Criado: Terça, 15 Agosto 2017 09:23