Servidora da Justiça do Amapá palestrará sobre Impactos da Violência Obstétrica na Saúde Mental da Mulher em seminário da OAB
Para trazer o tema à luz do debate público, a Comissão da Mulher Advogada da OAB/AP realizará o I Fórum Dignidade da Mulher – Análise da Violência Obstétrica, nesta terça-feira (27), às 18 horas, no auditório da OAB. Na ocasião será criado o Comitê de Combate à Violência Obstétrica e apresentada a proposta de Lei Estadual e/ou Municipal que obriga maternidades e unidades de saúde a afixar informações acerca do tema, de forma acessível e visível para as mulheres.
A psicóloga Adriana Baldez, que também é servidora do Tribunal de Justiça do Amapá, com atuação no Núcleo Psicossocial de Acolhimento à Família (NUPAF) do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Macapá, será uma das palestrantes. Segundo ela, a violência obstétrica é uma realidade presente não só na rede pública de saúde, mas também na rede privada. “Essas agressões vão desde a famosa frase: “na hora de fazer não doeu, agora quer chorar” até maus tratos físicos e negligência no atendimento”, relata a psicóloga.
“A OAB Mulher se inspirou na Lei Estadual nº 17.017/2017, do estado de Santa Catarina, que vem criar um amparo legal para esses casos, que ocorrem há muito tempo, mas que não eram judicializados, até mesmo por desconhecimento das próprias mulheres sobre essas situações de violência”, informou a advogada Michele Braz.
“O Fórum vem dar visibilidade ao tema, porque ainda há muito obscurantismo por parte das mulheres, e das famílias, acerca dos direitos que envolvem todos os momentos da maternidade”, esclareceu.
O tema também será amplamente debatido no programa radiofônico Justiça por Elas desta terça-feira (27), às 15 horas, por meio da Rádio Universitária FM, que tem como convidadas a advogada Michele Braz e a psicóloga Adriana Baldez. Durante o seminário, à noite, Além de Adriana, farão palestras a “doula” Natasha Vilhena; o enfermeiro obstetra Ronaldo França Sarges; a médica Otinaracy Silva e a advogada Rosiane Barbosa.
* A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto.
SAIBA O QUE CARACTERIZA A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Agressões verbais, recusa de atendimento, privação de acompanhante, lavagem intestinal, raspagem dos pêlos, jejum, episiotomia (cortar a região vaginal para facilitar o parto) e separação de mãe e bebê saudável após o nascimento estão entre os capítulos de uma novela da vida real, com enredo truculento na vida das mulheres, chamada violências obstétrica.
A formulação é extensa e abrange procedimentos, físicos ou não, pelos quais as mulheres passam na gestação, durante o trabalho de parto, no parto, no pós-parto e nos casos de abortamento. Nos hospitais e unidades de saúde essa violência faz parte da rotina, é o que afirma a advogada Michele Braz, integrante da OAB Mulher no Amapá, e a psicóloga Adriana Baldez, que desenvolve o trabalho chamado “Ciranda Materna”, um grupo de apoio à gestação, parto e maternidade que atua em Macapá.
-Macapá, 23 de junho de 2017-
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Segunda, 26 Junho 2017 00:23