Programa Justiça por Elas abre espaço para Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres

ani 2A Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres direciona suas ações para escolas municipais de ensino fundamental. Segundo a titular da pasta, Anne Pariz, “é necessário fazer um trabalho preventivo nas escolas, com crianças e adolescentes, orientando sobre os diversos tipos de violência contra a mulher.

ani 1“As ocorrências nas famílias afetam o desempenho dos filhos na escola. Quando há ações no colégio envolvendo as famílias, enviamos uma equipe para realizar os atendimentos, diagnosticando casos de violência contra a mulher”, explica Anne, que foi entrevistada no programa Justiça por Elas, que vai ao ar todas as terças-feiras, às 15 horas, pela Rádio Universitária 96.9 FM.

A parceria com a Secretaria Municipal de Educação permite que a Coordenadoria leve para dentro das escolas instrumentos pedagógicos como rodas de conversa, palestras, teatro, fantoches. Além dos alunos, o corpo técnico de cada estabelecimento também recebe orientações acerca da prevenção e tratamento dos casos de violência contra a mulher. “Esses instrumentos tornam a mensagem mais aceitável pelas crianças e adolescentes porque é passada de forma lúdica, diferente do formato mais tradicional da sala de aula”, explica Anne.

Além da rede de ensino, a Coordenadoria Municipal de Políticas para Mulheres percorre os distritos de Macapá levando esclarecimentos e atendimentos, por meio de uma equipe multidisciplinar. Desde fevereiro desse ano, a equipe já visitou os distritos de Coração, Fazendinha e localidade de Santo Antônio do Matapi. A caravana leva assessoria jurídica e psicológica, a mais procurada segundo Anne. “Às vezes a mulher está em situação de violência há muitos anos e nem se dá conta disso, porque a violência não é só física, aquela que deixa marcas no corpo. Mas, também é psicológica e patrimonial, quando a mulher é proibida de utilizar os bens materiais do casal”, exemplifica a coordenadora.

“A violência psicológica é mais comum, porém mais difícil de ser identificada pela própria mulher. Ocorre no namoro ou no próprio casamento, quando o homem quer privá-la de vestir o que gosta, de sair só ou com amigos, sair com os próprios filhos sem o companheiro junto; quando a trata com grosserias e ofensas”, esclarece. No caso da violência patrimonial, de acordo com Anne, os exemplos são diversos como proibir a mulher de usar seu próprio cartão de crédito, o carro da família e outros bens de uso comum. “Ocasionalmente isso é o início para chegar a um quadro de violência mais grave, que é a física e até a morte”, alerta.

Conforme explicou a coordenadora, quando uma mulher procura o atendimento psicológico na equipe, geralmente é porque sente-se desconfortável na relação com o companheiro, mas não tem exatamente a noção de que vive sob um regime de violência. “A psicóloga, aos poucos, vai perguntando e situando o olhar da mulher diante da realidade que a afeta”, finaliza Anne.

- Macapá, 06 de junho de 2017 -
Assessoria de Comunicação Social
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