TJAP e Semast concluem mais uma turma da primeira etapa do programa “Um Parque em meu Caminho”
O titular do Juizado da Infância e Juventude – Área de Políticas Públicas e Medidas Sócio-Educativas, juiz Luciano Assis, esteve presente, nesta quinta-feira (1º), no encerramento da segunda turma do programa “Um Parque em meu Caminho”, parceria da Prefeitura Municipal de Macapá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast), com o Tribunal de Justiça do Estado
O curso capacita adolescentes selecionados entre socioeducandos e tem perfil teórico e profissionalizante, procurando fornecer as bases para que os jovens possam ter sua primeira experiência prática profissional. O estágio, acompanhado de perto pela equipe dos centros de referência especializada de assistência social (Creas), consiste em tarefas administrativas e de atendimento ao público no espaço do Parque Zoobotânico – que ainda não se encontra em pleno funcionamento.
Segundo a titular da Semast, Náldima Flexa, a conclusão desta turma revelou muitos jovens motivados e confiantes. “É possível ver, nos olhos deles, esperança, pois conseguem fazer planos de retomar estudos, conseguir emprego e até cursar uma faculdade”, acrescentou. Para a secretária, o programa “abre uma janela, uma nova chance para os jovens, restando a eles dar a essa oportunidade o devido valor”. Com o projeto, os parceiros institucionais apostam que os socioeducandos cumpram com a próxima etapa (prática) e, principalmente, não retornem às infrações.
O programa terá mais duas turmas ainda em 2017, com 60 alunos cada. “Nestas duas primeiras turmas formamos, na fase teórica, de 18 a 20 alunos cada, mas uma grande evasão inicial era esperada”, relatou Náldima. “Esperamos que os que não aproveitaram agora possam aproveitar novas turmas e entendam que tais aulas e práticas são abatidas do tempo que precisam cumprir por suas infrações, e só eles perdem ao não participar”, concluiu a secretária.
De acordo com o juiz Luciano Assis, “só vieram os que realmente queriam, e ter essa noção é importante para nós sabermos quem demonstra essa disposição para se esforçar e mudar”, afirmou. “Eles tiveram aulas muito interessantes, como de relações públicas, cidadania, ética, entre outras”, explicou o magistrado.
Após esse primeiro passo, o juiz Luciano Assis vai verificar, junto ao TJAP, o andamento da licitação para aquisição de equipamentos de proteção individual e também o procedimento de compra e distribuição de vales-transporte. A partir de agora, os jovens serão capacitados em noções de botânica, zoologia e cuidados com o meio ambiente, sendo efetivamente preparados para trabalhar diretamente no Parque Zoobotânico, como monitores, assim que este for reaberto.
Além de o tempo de participação no curso ser abatido do tempo de cumprimento da medida socioeducativa a que estão submetidos, a participação é alvo de relatórios individuais, produzidos pelo Núcleo Psicossocial, que repercutem no acompanhamento de cada um. “Mas, os que não vieram ainda serão convidados mais vezes para integrar novas turmas, pois não vamos desistir nem abandonar nenhum deles”, ressaltou o magistrado Luciano Assis.
Embora a iniciativa seja inicialmente entre parceiros do Poder Público (no caso Justiça Estadual e Executivo Municipal), o juiz Luciano Assis espera que, gradualmente, a iniciativa privada desperte para os benefícios sociais e econômicos de investir nestes jovens.
“O problema do conflito desses jovens com a lei não pertence somente ao poder público, mas a toda a sociedade, à família e à iniciativa privada”, garantiu. “Esse jovem, quando recuperado, será um trabalhador, um consumidor, enfim, um cidadão que pode contribuir de diversas formas com a comunidade em que está inserido”, finalizou o juiz.
- Macapá, 02 de junho de 2017 -
Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Sexta, 02 Junho 2017 09:46