TJAP e SEED inauguram Núcleo de Mediação de Conflitos

INAUGURASEED 7 O Tribunal de Justiça do Estado do Amapá e a Secretaria Estadual da Educação do Amapá inauguraram, nesta quinta-feira (02), o Núcleo de Mediação de Conflitos da SEED. O espaço concentrará o atendimento de demandas com potencial conflituoso que afetem o exercício das atividades de ensino nas escolas da rede estadual de ensino. (VISUALIZAR FOTOS)

INAUGURASEED 14 Segundo o secretário adjunto de Políticas Educacionais, professor Sebastião Magalhães, que na ocasião representou a Secretária de Educação, Maria Goreth da Silva e Sousa, a criação de um Núcleo de Mediação na estrutura da SEED é uma medida perfeitamente atrelada e, de certa forma, um desdobramento do trabalho educacional. “Mediar é nada mais que educar e guiar as partes do conflito no entendimento de que elas podem construir, juntas e com acompanhamento profissionalizado, um resultado mais positivo do que qualquer eventual embate”, declarou.

O secretário defendeu ainda que o conflito é um fenômeno inerente ao ser humano e precisa ser tratado com cuidado e propriedade. “Em uma secretaria com mais de nove mil servidores – entre professores, pedagogos, diretores etc. – é quase impossível não haver divergências no entendimento de uma situação na qual interagem muitos lados. A partir de agora, todos estes servidores, além de estudantes da rede estadual de ensino, terão um local específico para buscar uma resolução amigável e consensual, inclusive muitas vezes, tenho certeza, ajudando a desafogar a pauta do judiciário”, complementou.

“Preciso registrar meu agradecimento ao TJAP e à desembargadora Sueli Pini, precursora e estimuladora desta iniciativa, além de dizer que todas as nossas unidades estão de portas abertas para uma instalação de novos núcleos”, concluiu Sebastião Magalhães.

INAUGURASEED 17 De acordo com a coordenadora da Central de Conciliação da Comarca de Macapá, juíza Joenilda Lenzi, na ocasião representando a presidente do TJAP, desembargadora Sueli Pini, é sempre um prazer inaugurar mais um Núcleo de Mediação de Conflitos. “Cada unidade dessas significa que estamos um passo mais próximos da pacificação social, que é um dos objetivos da Justiça e mesmo da educação”, acrescentou.

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“A mediação não é “da Justiça”, mas de todos, principalmente da educação, que tem o potencial de formar e influenciar cada cidadão, cada criança ou adolescente, beneficiando-os com aprendizados de prazer para si a solução das controvérsias em que somos parte ”, explicou. “Momentos como esse são os sinais da mudança de mentalidade que estamos vivenciando, uma guinada rumo à desjudicialização dos conflitos e o real fortalecimento das pessoas que neles estão envolvidas para que possam tomar as rédeas em uma solução amigável”, complementou a magistrada Joenilda Lenzi.

A juíza registrou que está mais do que comprovado que práticas restaurativas e acordos amigáveis permitem uma eliminação de conflito mais positiva e duradoura. “Uma sentença imposta pelo Estado/juiz aplica a lei mas, por vezes, não imprime nas partes a sensação de real resolução, deixando que a situação “pareça” resolvida, mas seja sentida como inacabada, eventualmente com a expectativa de uma retaliação ou um agravamento”, explicou Joenilda Lenzi.

“Fazer parte mais diretamente de uma resolução amigável – por meio de um diálogo bem travado e mediado por pessoas realmente capacitadas para isso – tende a garantir uma sensação de justiça maior, de fechamento de um ciclo mais efetivo”, concluiu a coordenadora da Central de Conciliação da Comarca de Macapá, juíza Joenilda Lenzi.

INAUGURASEED 9 Para o ouvidor da SEED, Jetro Nunes Alves, a iniciativa do Judiciário veio consolidar um trabalho de mediação e conciliação que a Ouvidoria já vinha realizando. “Ao capacitar os servidores e nos ajudar a implementar essa estrutura de atendimento, a Justiça do Amapá trouxe as metodologias de conciliação aqui para o nosso atendimento, nos poupando tempo e recursos”, explicou. “Desta forma, centralizamos aqui, com a supervisão da Justiça, o tratamento de conflitos surgidos dentro do âmbito da rede de ensino estadual do Amapá”, concluiu.