TJAP participa do “Seminário Viver sem Violência”, promovido pelo GEA e OAB-AP
O Tribunal esteve representado pelo juiz titular da Vara de Violência Contra a Mulher, Augusto Leite, e pela instrutora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC/TJAP), servidora Sônia Ribeiro, que proferiram, respectivamente, as palestras “Lei do Feminicídio – contexto, características e ações para efetivação” e “Lei Maria da Penha – formas de violência, medidas protetivas, avanços e desafios”.
O seminário integra o evento “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, promovido nacionalmente por diversas entidades e realizado no Amapá pelo Estado, por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Mulheres, em cooperação com OAB-AP, TJAP e diversas entidades da sociedade que atuam na defesa dos direitos da mulher.
De acordo com Sônia Ribeiro, a violência contra a mulher tem permeado toda a nossa história, mas vem sendo cada vez mais denunciada e, de consequência, ganhando mais visibilidade e impondo incessante combate. “O lar nem sempre é um ambiente de proteção, sendo, por vezes, um campo de guerra, vitimando com preponderância mulheres e crianças, e para mudar este quadro a mulher precisa de um exército, que eu gosto de pensar que somos nós, as instituições, a sociedade civil organizada e os cidadãos, todos engajados no ativismo por esta causa, rumo à mudança e à verdadeira civilidade”, defende.
Com 10 anos de promulgada, a Lei Maria da Penha é uma das armas empregadas para essas mudanças e já dá sinais de bons resultados, especialmente no sentido de evidenciar e responsabilizar a violência praticada e, ao mesmo tempo, inibir as ocorrências. “Há muito trabalho pela frente, mas com certeza já há conquistas perceptíveis”, complementa. “Eventos como este seminário são fundamentais para propagar uma cultura de não-violência, de tolerância e de respeito entre os gêneros”, conclui a servidora.
Para a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-AP, Rosiane Barbosa, ver jovens presentes no Seminário é muito esperançoso, pois para mudar o presente e garantir um futuro sem essa nódoa nas relações humanas entre homens e mulheres, iniciativas como esta são contributivas. “A partir do aprendizado com estas palestras é que vão formar argumentos, construir a própria opinião e ter condições de tomar ou mudar atitudes, pois precisamos de homens e mulheres envolvidos em mudar essa realidade, assumindo responsabilidades de trabalhar para as boas mudanças”; releva. “Ano que vem lançaremos um programa para difundir estas ideias ainda mais cedo na formação, desde os infantes, denominado “OAB na Escola””, conclui Rosiane Barbosa.
Segundo o juiz Augusto Leite, é indispensável que a advocacia e a Ordem promovam permanentemente a reflexão e a mudança do quadro atual, aprimorando a sociedade e a própria Justiça para corrigir esta grave conduta histórica e cultural.
“Nunca vivenciamos tanto a apreciação desta questão nas esferas institucionais em todos os poderes. Todavia, há ainda uma necessidade de envolvimento de todos nós, instituições e sociedade civil organizada, e principalmente de cada cidadão, não só na compreensão dos direitos, mas, também, de nossas obrigações. Toda sociedade, a contar da relação de apenas duas pessoas, produz conflitos, sejam de interesses pessoais ou da atuação no cotidiano social. Para isso, precisamos de órgãos competentes para conter e mediar os conflitos”, explica o magistrado.
“Desde os primórdios já havia demanda para as questões mais profundas e importantes de nossa sociedade, em especial a que envolve a violência familiar. À mulher cabe a oportunidade de ser o que quiser, de atuar onde desejar, e ser respeitada em seu direito de exercer essa vontade”, defende o juiz Augusto Leite.
A estudante do segundo semestre do Curso de Direito da Faculdade Estácio do Amapá (FAMAP), Gilciane Caroline Pinto Barbosa, ressaltou que palestras que debatem a violência contra a mulher, são fundamentais no contexto atual, pois diariamente se tem ocorrências sobre abusos e assassinatos de mulheres, frequentemente dentro de casa e pelos próprios maridos ou familiares.
A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” segue até 06 de dezembro. Confira abaixo a programação:
16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Dia 23/11
1ª Palestra com a Secretária de Políticas para as Mulheres, Silvanda Duarte
Tema: Barrar o machismo para emancipar as mulheres
2ª Palestra com Alessandra Coelho
Tema: A Prevenção da violência no namoro! E no ficar entre jovens no contexto escolar
3ª Palestra com Isadora Canto
Tema: Conversando sobre lesbofobia, bifobia e transfobia. Um Olhar para as relações homoafetivas
4ª Palestra com a Dra. Rosiane Cristina Barbosa Afonso
Tema: Violência contra a Mulher: perfil do agressor e alternativas de tratamento
Local: OAB
Horário das 15 às 18 horas
Endereço: Rua Amazonas, 26, Centro
25/11 – Marcha da Maria das Graças
Local: Município de Porto Grande
Concentração: Na praça Wilson Raimundo da Cruz Silva
Horário: 8h
25/11 – Marcha da Francileide
Local: Município de Oiapoque
Concentração: Rua Lélio Silva, em frente ao Cram
Horário: 16h
26/11 Caminhada da conciliação em parceria com Tjap
Local: Praça Veiga Cabral
Endereço: Av: Candido Mendes - Centro
Horário: 7h30
27/11 Marcha das Marias
Local: Município de Macapá
Endereço: Praça Veiga Cabral
Horário: 16h
28/11 a 02/12- Curso de mediação de conflitos para a rede de atendimento a mulher em parceria com Tjap
Local: Plenário do Tribunal de Justiça
Horário: das 14h às 18h
Endereço: Rua General Rondon, 1295- Centro
02/12 –– Blitz com o tema: “quem bebe não bate”
Local: Bares e restaurantes de Macapá
Horário: 19h
03/12 – Marcha das Josys
Local: Município de Santana
Concentração: Av. Santana, s/n, área do 4º batalhão- Centro / Em frente ao Camuf
Horário: 8h
05/12 – Marcha das Júlias
Local: Município de Mazagão
Concentração: Sesc Ler, na Rua Veiga Cabral, Bairro Olaria, com chegada na Praça 15 de Novembro ao lado do Terminal Rodoviário
Horário: 16h
06/12 – Dia do Laço Branco – homens pelo fim da violência contra as mulheres em parceria com a Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres de Macapá
Local: Em frente à Prefeitura de Macapá
Horário: 9h
- Macapá, 23 de novembro de 2016-
Assessoria de Comunicação TJAP
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- Criado: Quarta, 23 Novembro 2016 11:58