Escola da Zona Norte recebe primeira ação social desenvolvida pelos conciliadores em formação do TJAP
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Jardim Felicidade recebeu a primeira ação social desenvolvida pelos mediadores e conciliadores em formação do TJAP. A ação denominada “Justiça, Escola e Família solucionando conflitos intraescolares”, atendeu a comunidade com diversos serviços judiciais e de cidadania. (VISUALIZAR FOTOS)
O projeto desenvolvido pelos mediadores em formação Regina Ribeiro e Pedro Paulo da Conceição, que também são professores da escola, foi aprovado pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflito (NUPEMEC) e pelo Escritório de Projetos da Assessoria de Planejamento (ASPLAN), da Justiça do Amapá.
A iniciativa teve como foco a resolução de conflitos entre estudantes de 7 a 14 anos, do 1º ao 5º ano, visando assim à diminuição do envolvimento destes em conflitos escolares.
O pedagogo Pedro da Conceição, um dos idealizadores da atividade, falou da escolha da instituição e explicou que inicialmente estavam agendadas somente audiências para conflitos escolares, mas devido à grande procura da comunidade e com a ajuda dos parceiros, foi possível ampliar os atendimentos.
“Escolhemos essa escola porque já conhecemos a demanda das famílias que moram no entorno. Muitos dos casos que estão sendo acompanhados aqui foram trazidos pelos próprios alunos da Educação de Jovens e Adultos. Uma das coisas mais importante é que presenciamos a Justiça sendo desmistificada, entrando em instituições de ensino, que são lugares de aprendizado, mas também de muitos conflitos”, ressaltou o conciliador.
Os novos conciliadores e mediadores passaram por duas fases de formação antes de chegar à realização da ação social. Inicialmente os alunos obtiveram aulas teóricas oferecidas pelos instrutores do NUPEMEC, depois seguiram para a prática supervisionada dentro dos Centros Judiciários de Solução de Conflito e Cidadania – CEJUSCs (Centrais de Conciliação), trabalhando com mediação e conciliação.
A instrutora do NUPEMEC e supervisora dos alunos em formação, Sônia Ribeiro, destacou o interesse deles na atividade.
“Para os acadêmicos é aliar a teoria com a prática, já a ação social ganha com a prestação de um novo serviço. Os alunos têm a experiência de cuidar de verdade de casos de adoção, retificação de registro, reclamação cível, execução de acordos, pensão alimentícia, entre outros”, salientou a professora.
A instrutora ainda relatou um caso que marcou os jovens conciliadores que participaram na ação. “Uma senhora que passava em frente à escola ouviu a Rádio Conciliação montada na ação. Ela entrou e relatou sua demanda para a equipe que na mesma hora ligou para seu ex-marido. O senhor atendeu o chamado, sentaram-se à mesa com um conciliador e fizeram um acordo para a separação, divisão patrimonial, guarda dos filhos, pensão e visitação. O casal já estava separado de fato há vários anos e as pendências tiravam o sono de ambos”, relatou.
Para a Coordenadora da Central de Conciliação da Capital, juíza Joenilda Lenzi, os projetos desenvolvidos dentro das instituições de ensino mostram como a Justiça se preocupa com o alicerce da sociedade, buscando preparar todos os sujeitos envolvidos para solucionarem suas demandas de forma consensual.
“O Judiciário trabalha para a pacificação social e para que isso aconteça é necessário que todos os cidadãos estejam engajados em contribuir para a solução de seus conflitos. Tenho uma grata satisfação de observar que esse trabalho tem trazido cada vez mais resultados positivos. A mediação e conciliação não foram idealizadas para ficar apenas dentro dos fóruns, mas também para o interior das escolas, entidades e na comunidade como um todo”, destacou a magistrada.
A ação contou com a participação do SENAI e SENAC, além dos acadêmicos dos Núcleos de Práticas Jurídicas das faculdades FAMAP e FAMA e da equipe do programa Pai Presente do TJAP nos reconhecimentos de paternidade.
-Macapá, 14 de outubro de 2016
-Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Quinta, 13 Outubro 2016 23:04