Judiciário alerta para a importância de perceber os sintomas que levam ao suicídio

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O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado no último sábado (10 de setembro), ressalta a importância das campanhas em prol da saúde da população. O Tribunal de Justiça do Amapá aderiu à iniciativa “Setembro Amarelo” e busca através da informação prevenir os fatores de risco que levam ao suicídio.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo mundo mais de 800.000 pessoas cometem suicídio ao ano. No Brasil, as últimas informações do Ministério da Saúde mostram que em 2014 foram mais de 10.600 casos no país. Os especialistas explicam que de cada dez suicídios, nove poderiam ter sido evitados, com diagnóstico e tratamentos corretos dos transtornos.

Os médicos relatam que cerca de 70% dos cidadãos que pensam em suicídio dão algum tipo de sinal, mas muitas vezes os indícios não são levados a sério ou mesmo percebidos pelas pessoas ao redor. É fundamental que colegas de trabalho, parentes e amigos observem as mudanças no comportamento e as diferenças na rotina dessas pessoas.

As pessoas mais idosas são identificadas como as mais propensas ao suicídio, devido às limitações físicas, perda de autonomia ou pela morte de entes queridos. Para os médicos, nesta fase da vida os casos de suicídio podem ser atribuídos à depressão, além de psicoses, demências e abusos de drogas, como álcool.

A recomendação é que os idosos não fiquem sozinhos em datas marcantes, como morte de um ente familiar ou aniversário, pois são momentos que servem de gatilho para pensamentos destrutivos.

Os médicos alertam também para o “suicídio passivo-crônico”, um suicídio lento, não claramente manifesto, que se apresenta quando o idoso recebe o diagnóstico de alguma doença crônica, muitas vezes progressiva, mas que não tira a capacidade cognitiva.

Já os jovens entre os 15 e 19 anos estão na faixa etária que mais têm morrido por essas causas. Entre 2000 e 2012 a média nacional de adolescentes era de 10,8%, sendo que agora é de 30%.

Os fatores que mais levam esses adolescentes ao suicídio são lares desestruturados, uso de drogas e de álcool, relacionamentos problemáticos. O imediatismo, o consumismo, são fatores que fazem com que os jovens não desenvolvam tolerância para frustrações e diante delas, acabam optando por tirar a própria vida, explicam especialistas.

No Amapá, o Centro de Valorização da Vida (CVV) que presta serviço de escuta às pessoas, atende pelo telefone 3223- 4111.

-Macapá, 15 de setembro de 2016-

 -Assessoria de Comunicação Social

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