Audiências de conciliação em Tartarugalzinho entre devedores e Banco da Amazônia resultam em vários acordos

 concilia 10Durante três dias a Comarca de Tartarugalzinho realizou rodadas de audiências de conciliações com o objetivo de recuperar e/ou liquidar débitos dos agricultores com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, do Banco da Amazônia - BASA. Mais de 30 comunidades, reunindo cerca de 100 devedores, estiveram presentes na audiência. Durante os três dias, 15 acordos foram firmados.

 concilia 9O titular da Comarca, juiz Heraldo Costa, explicou que o próprio Banco da Amazônia procurou o Judiciário em decorrência da alta inadimplência na linha de financiamento do PRONAF, programa que visa beneficiar mais produtores rurais em todo o Estado do Amapá.

“A Justiça do Amapá está buscando colaborar para que os investimentos do Programa voltem para a região porque são importantes. Com a crise, percebemos que muitos agricultores estão em débito e além de ficarem sem crédito para novos projetos de plantio, ainda obstam que o banco abra novas linhas de financiamento para outros interesados”, ressaltou o magistrado.

O BASA é o financiador de programas de fomento a agricultura familiar na Amazônia Legal. No Estado do Amapá, o banco já investiu mais de 20 milhões de reais como suporte para os agricultores. Segundo a gerência do Banco, essas inadimplências inviabilizam a abertura de novos financiamentos, e somente no município de Tartarugalzinho o valor pendente chega a dois milhões e meio de reais.

 concilia 8O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC/TJAP)foi chamado para colaborar na ação, auxiliando nas práticas de conciliação e reunindo com o Banco para alinhar as rodadas de negociação.

“O mais importante de tudo é que o próprio Banco procurou o Judiciário, isso mostra que eles estão na mesma esteira que a Justiça do Amapá, a da desjudicialização. Eles afirmaram que farão essas negociações em outros municípios onde existe recurso aplicado do PRONAF”, explicou a instrutora do NUPEMEC, Sônia Ribeiro.

Os técnicos do Banco fizeram um levantando prévio dos débitos de todos os contratos e se propuseram a renegociar as dívidas, desta forma os agricultores poderão pagar 10% do valor de entrada e dividir em até 10 anos o restante. Os representantes do BASA também garantiram que após o primeiro pagamento o nome dos agricultores poderá ser retirado dos cadastros de inadimplentes.

Macapá, 03 de Agosto de 2016-

- Assessoria de Comunicação Social

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