De bolsista a futuro advogado, jovem é sinônimo de esforço e persistência
Com uma história de perseverança e dedicação admirável para vencer obstáculos, Raylan Alves Monteiro, ex-bolsista do Programa de Complementação Educacional do Tribunal de Justiça do Amapá, destaca-se pelas grandes batalhas que já venceu.
Nascido em uma família unida, sua mãe, Maria Arcângela Alves Monteiro, sempre mostrou aos 8 filhos a forma correta de viver a vida. Os cinco homens e três mulheres aprenderam com a dona de casa como a responsabilidade é um cartão de apresentação essencial para todo e qualquer bom cidadão.
Raylan mora com a mãe, um irmão e dois sobrinhos no bairro Perpétuo Socorro. Ela sempre foi a referência do jovem, já que o pai, aposentado das Forças Armadas, infelizmente saiu de casa quando o garoto ainda era bem novo e não participou da formação dele e dos irmãos.
Estudou o ensino fundamental nas escolas Mário David Andreazza, bairro Perpétuo Socorro, e no colégio Barão do Rio Branco, Centro. O seu ensino médio foi todo na Escola Estadual Maria Ivone, Cidade Nova.
Desde muito jovem ajudava no sustento de sua casa. Com 14 anos começou a trabalhar com o irmão na manutenção de motores elétricos, depois também foi lavador de carros e limpou quintais. Todo o dinheiro que arrecadava dividia com sua mãe. Ele orgulha-se de dizer que sempre pôde comprar suas próprias coisas com o esforço do seu trabalho.
“Eu sempre soube que tinha vindo de uma vida humilde, mas sabia que tinha um futuro. Tenho algo em mente lá para frente, e não é porque eu nasci na pobreza que eu vou permanecer nela, eu tenho buscado coisas novas todos os dias”, afirmou o rapaz.
Com 16 anos, ainda quando cursava o ensino médio, começou a fazer inúmeras tentativas para entrar para o programa de Complementação Educacional do Tribunal de Justiça. Em 2011 obteve sua grande oportunidade. Após passar por uma entrevista começou a trabalhar no TJAP, lotado no Departamento de Gestão de Pessoas (DEGESP), onde atuou por dois anos e quatro meses.
“Sempre fui tratado muito bem pelos servidores, conquistei vários amigos. Uma vez fizeram até uma coleta para que eu fizesse cursinho. Por isso ficava feliz quando estava de férias da escola e vinha para o TJAP ficar até um período maior no trabalho, com a empolgação de fazer mais, aprendendo com os outros”, explicou.
Até hoje ele lembra o último dia de trabalho no Tribunal de Justiça. Ao concluir o ensino médio precisou dizer adeus para os colegas. Para ele foi um momento difícil, mas que mostrou o quanto é importante aproveitar as oportunidades que a vida oferece.
“Existem fases na nossa vida, isso é normal. O dia que eu deixei o TJAP e me despedi de todos os colegas e estava muito triste, mas não chorei na frente de ninguém. Quando atravessei a rua eu chorei. Deus colocou no meu coração que essa fase havia terminado e ele iria me revelar a outra fase que iria trilhar a partir de agora”, falou emocionado.
Dois meses depois o jovem recebeu o convite para trabalhar em um escritório de advocacia e no mesmo período começou a fazer a Faculdade de Direito. Outras portas se abriram para o rapaz. Segundo ele o maior aprendizado que obteve com os colegas do TJAP foi a importância do bom caráter e a fé na responsabilidade, lições para toda a vida.
Hoje com 22 anos, Raylan cursa o 6º semestre do curso de Direito da Faculdade de Macapá (FAMA). Sempre teve orgulho de trabalhar e nunca perdeu o foco nos estudos, o que levaria ele a ser o único da família que hoje cursa o ensino superior.
“Minha mãe sempre gosta de falar para as outras pessoas que o filho dela está fazendo faculdade, isso também é um orgulho para mim, pois posso proporcionar a ela essa alegria”, ponderou.
Com o sonho de ser um grande advogado nas áreas trabalhista e criminal, Raylan vai seguindo em frente e mostrando que as dificuldades nos fazem crescer e que muitas portas se abrem para aqueles que perseveram e acreditam em si mesmo.
O programa de Complementação Educacional, também conhecido como “Bolsista”, foi criado inicialmente para que os jovens que cumpriam medidas socioeducativas pudessem ter a oportunidade de exercer uma atividade como aprendizes na Justiça do Amapá. O início, em 1996, foi modesto, contava apenas com 11 bolsistas.
Nesses 20 anos o programa ganhou força, descobriu talentos, mudou a realidade de milhares de jovens e consolidou-se como o mais importante programa de responsabilidade social do Judiciário do Amapá.
Macapá, 03 de maio de 2016-
- Assessoria de Comunicação Social
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- Criado: Segunda, 02 Mai 2016 23:39