Programa da Justiça do Amapá que contempla jovens entre 14 e 18 anos, completa 20 anos

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Para construir um futuro próspero devemos cuidar e preparar os nossos jovens, pois eles precisam de atenção e orientação para que sejam maiores e melhores em toda a sua plenitude. Foi pensando nisso que o Judiciário abriu suas portas para receber os jovens e inseri-los em um ambiente seguro, responsável e norteador que incentive seu crescimento pessoal e profissional.

BOLSITASVINTE 18A iniciativa foi oficializada por meio do Convênio Nº 001/96-TJAP, assinado em 08 de abril de 1996 e celebrado entre o Judiciário e a Fundação da Criança e do Adolescente (FCRIA).

O programa de Complementação Educacional, também conhecido como “Bolsista”, foi criado inicialmente para que os jovens que cumpriam medidas socioeducativas pudessem ter a oportunidade de exercer uma atividade como aprendizes na Justiça do Amapá. O início, em 1996, foi modesto, contava apenas com 11 bolsistas.

BOLSITASVINTE 25De lá para cá, o programa ganhou força, descobriu talentos, mudou a realidade de centenas de jovens e consolidou-se como o mais importante programa de responsabilidade social do Judiciário do Amapá.

Outros convênios com diversas instituições públicas vieram e com eles, centenas de jovens puderam ter a oportunidade de trabalhar na Justiça e desenvolver habilidades tanto na esfera profissional, quanto na educacional.

BOLSITASVINTE 20A presença desses adolescentes traz um ar de jovialidade e proporciona uma troca de experiência entre a maturidade de magistrados e servidores, com o olhar novo e cheio de expectativas desse público juvenil.

Nesses 20 anos a Justiça Estadual já ofereceu aprendizado a milhares de jovens das diversas escolas públicas de Macapá e de outros municípios amapaenses, mudando em vários aspectos positivos a vida deles.

BOLSISTASVINTE 39De acordo com a assistente social do TJAP, Vânia Guerreiro, no período em que os bolsistas estão exercendo suas diversas funções no Judiciário amapaense, eles participam ao mesmo tempo de uma gama de palestras educativas promovidas e direcionadas especialmente para eles, de atividades culturais promovidas pela instituição, e, ainda, da prática da leitura através da iniciativa: “Jovens Construindo o Futuro: Do Direito ao Deleite de Ler e Escrever”.

“Os bolsistas têm a oportunidade de compartilhar o mesmo ambiente de trabalho com profissionais qualificados e responsáveis, e com essa experiência, única e diária, acabam sendo estimulados a estudar e buscar suas futuras carreiras profissionais. Ou seja, eles passam a ter outras referências e exemplos a ser seguidos”, ressaltou a assistente social.

BOLSITASVINTE 30A diretora do Departamento de Gestão de Pessoas, Rosilene Campos, informa que cerca de 80% dos adolescentes que fazem parte do Programa nunca tiveram a oportunidade de trabalho e muitos até realizavam atividades informais consideradas pesadas. Ela cita como exemplo, as funções de ajudante de pedreiro, pintor e assistente de mecânico de veículos. Atuar no judiciário mudou a vida de muitos destes jovens.

BOLSITASVINTE 2“Para se ter uma ideia da importância do programa, cito alguns casos de meninos e meninas que nem sequer davam bom dia às pessoas. Até mesmo atender um simples telefone como devia, era uma enorme dificuldade. Mas bastou passar algumas semanas exercendo suas atividades laborais e cumprindo suas obrigações no Judiciário, com a devida orientação dos nossos servidores, para que esses jovens visualizassem um horizonte de vida diferente e mudassem seus comportamentos”, explicou.

E como todo bom aprendizado rende bons frutos, existem aqueles estudantes que se destacaram por seu comprometimento em atividades dentro e fora do Judiciário, e que hoje transformaram seus sonhos em realidade.

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É o caso do José Tarcísio da Silva Teixeira, que quando adolescente trabalhou no Judiciário como bolsista e atualmente é soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, após ser aprovado em concurso público, e da ex-Bolsista Tatyara Monteiro, que trabalhou no Departamento de Gestão de Pessoas do TJAP em 2011 e que hoje é servidora da Secretaria de Educação do Município de Macapá.

BOLSISTASVINTE 41Mas ainda há aqueles jovens que seguem sua brilhante trajetória dentro do próprio Judiciário, conquistando o tão sonhado posto de servidor efetivo. É o caso de Celson Inajosa Barreto. Ele foi aprovado no concurso público do TJAP em 2010.

BOLSITASVINTE 33De ex-bolsista à Biomédica, Gerlândia Carneiro é outro grande exemplo que orgulha o Judiciário amapaense, sua família e seus amigos. Nascida em Monte Alegre, chegou ao Amapá com 15 anos, e teve a oportunidade de trabalhar na Justiça durante quatro anos. Ao sair do Judiciário foi aprovada no vestibular de Biomedicina e hoje já é proprietária de um laboratório de análises clínicas. 

BOLSITASVINTE 32Na área do Direito são muitos os ex-bolsistas que são sinônimos de orgulho para o Judiciário. Emivaldo da Luz Souza é um deles. De origem simples, Emivaldo trabalhou como bolsista na Justiça do Amapá durante três anos. Em 2013, foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB. E desde 2014 é Defensor Público no município de Laranjal do Jari.

O bolsista Mateus Meireles Evangelista, 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Lucimar Amoras Del Castillo, lotado na Assessoria de Comunicação do TJAP, é mais um exemplo a ser reverenciado. Mateus foi eleito em 2014 como Parlamentar Juvenil do MERCOSUL.

BOLSITASVINTE 34Após redigir uma belíssima redação sobre o tema “O ensino médio que queremos”, foi selecionado como representante do Estado do Amapá no concurso. Depois de participar do curso de preparação em Brasília, Mateus elaborou uma carta onde defendeu de forma brilhante sua tese na edição nacional do concurso, realizado na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Todo seu esforço foi recompensado ao ser escolhido como o Parlamentar Juvenil do MERCOSUL.

BOLSITASVINTE 17“Sabemos que a vida desses jovens promissores está apenas começando e depende de todos nós contribuir para que tenham bom futuro profissional . O judiciário sabe do papel que também lhe cabe e tem assumido responsabilidades sociais, como este notável programa, que tanto nos orgulhamos de fazer parte e propiciar tantas histórias de sucesso com as aqui contadas, afinal, os ensinamentos e princípios de cidadania repassados a esses adolescentes foram bem aproveitados”, concluiu a presidente do TJAP desembargadora Sueli Pini.

Hoje, aquele singelo, porém orgulhoso número inicial de 11 bolsistas no início do programa aumentou. O TJAP conta com o expressivo número de 366 bolsistas que trabalham com orgulho no Tribunal e estão distribuídos da seguinte forma:

        UNIDADE JUDICIÁRIA     TOTAL
Macapá    248
Santana      34
Oiapoque      10
Calçoene       6
Amapá       6
Tartarugalzinho       6
Ferreira Gomes       6
Porto Grande       6
Serra do Navio       6
Mazagão       6
Laranjal do Jarí     18
Pedra Branca do Amapari       6
Vitória do Jari       6
Posto Avançado de Cutias do Araguari       1
Posto Avançado de Itaubal do Piririm       1
                                         TOTAL     366

“Partindo do princípio que um adolescente educado, instruído e qualificado, assimila e participa infinitamente melhor das oportunidades do mercado de trabalho, é dever de todas as instituições (públicas e privadas), comprometer-se com o pleno desenvolvimento dos jovens. O judiciário do Amapá vem fazendo a sua parte. Agora precisamos que demais poderes, órgãos e entidades adotem práticas semelhantes”, finalizou a Presidente.

-Macapá, 15 de abril de 2016-

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