Ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti ganham reforço em todas as Unidades do Judiciário
De norte a sul do Estado, as Comarcas da Justiça do Amapá estão mobilizadas na campanha de combate ao mosquito Aedes Aegypti, causador de doenças como a dengue, chikungunya e também a temível zika vírus.
Na Comarca de Oiapoque, a juíza Laura Costeira movimentou magistrados e servidores para abraçarem a campanha. Além da divulgação dentro da própria Comarca, um trabalho será desenvolvido em parceria com a Prefeitura e a Promotoria de Oiapoque no âmbito das escolas do município.
“Nos últimos dois anos, em Oiapoque, tem crescido os casos de dengue e principalmente de chikungunya, que é transmitida pelo mesmo mosquito, por isso é obrigação de todos nós entrarmos nessa luta para combatê-lo, afinal a prevenção depende apenas de cuidados diários que temos que ter em nossas casas e locais de trabalho. Por isso, nossa intenção é reforçar a lição desses cuidados e ficarmos livres dessas doenças”.
Para a presidência do TJAP, por ser um problema de saúde pública, somente o envolvimento e compromisso de todos pode evitar que o mosquito se prolifere e faça mais vítimas. “Que bom termos o compromisso de magistrados e de servidores nesta importante campanha que iniciou na Capital e já chega às Comarcas do interior”, destacou a desembargadora Sueli Pini.
Saiba por que o Aedes Aegypti é tão eficaz para transmitir doenças
Primeiro foi a febre amarela, que matou milhares de brasileiros em epidemias no passado. Depois foi a dengue, que só em 2015 afetou mais de 1,5 milhão de pessoas no país. Recentemente, duas outras doenças se uniram à lista: chikungunya e zika. Todas são transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes Aegypti. Mas por que esse mosquito se tornou uma ameaça tão grande? Por que ele é tão eficiente como transmissor de doenças?
Segundo especialistas, parte disso tem a ver com o próprio processo evolutivo, no qual os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se adaptaram bem ao organismo do Aedes Aegypti e vice-versa. Essa espécie de mosquito se tornou muito suscetível a eles, ou seja, seu organismo oferece as condições adequadas para que eles se instalem.
“É o que chamamos de coevolução de vírus e mosquito. Eles vão se adaptando um ao outro. O inseto infectado tem que ter condições apropriadas. Depende do número de partículas virais, se ele tem o receptor certo, se multiplica bem, se o sistema imune dele combate um vírus, mas não outro etc.”, enumera Margareth Capurro, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (USP).
Preocupação mundial
Os Estados Unidos buscam urgentemente o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus zika, encarado pelas autoridades de saúde como uma ameaça crescente para o país.
"Deixei claro que queremos implementar uma forte estratégia para acabar com o vírus. Digo ainda 'Colegas, quero todos os esforços contra o zika, isto é realmente importante'. Estamos mesmo pressionando os pesquisadores", disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.
Além do desenvolvimento da vacina, as principais prioridades para as autoridades de saúde americanas são melhorar o exame que identifica a infecção e aumentar as pesquisas sobre o funcionamento do vírus. Segundo Fauci, até o momento os pesquisadores não tinham focado no zika, uma vez que ainda não haviam identificado graves riscos relacionados à doença.
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O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) já está trabalhando no desenvolvimento de vacinas contra vírus semelhantes ao zika, como o chikungunya, a dengue e a febre do Nilo. Por isso, o especialista acredita que o desenvolvimento de uma terapia para a doença será rápida.
"Quando você está desenvolvendo diagnósticos, vacinas ou intervenções para [vírus] semelhantes, é possível traduzir as tecnologias já desenvolvidas para acelerar o alcance de uma imunização para um outro vírus, como o zika", disse Fauci.
Em relação ao financiamento das pesquisas sobre zika, as autoridades de saúde irão analisar doações já concedidas para cientistas que estudam vírus similares ao zika, e, em seguida, completar esses subsídios com uma verba específica para a doença. Embora saiba que é improvável que uma vacina seja desenvolvida, testada e aprovada a tempo de combater o surto atual, Fauci afirma que seu desenvolvimento continuará uma prioridade do governo.
"Coisas como esta tendem a não ir embora. Os casos podem aumentar ou diminuir, mas eles não irão sumir. Então é preciso começar a trabalhar em uma vacina agora que poderá ser importante daqui a seis meses ou um ano", afirmou o diretor.
Surto de zika - O zika vírus é transmitido pelo Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue e da febre chigungunya, e está se espalhando rapidamente pela América do Sul, Central e Caribe. Recentemente também foram confirmados cinco casos da infecção nos Estados Unidos.
Embora os sintomas - dores nas articulações, no corpo e na cabeça, febre, náuseas e diarreia - do zika sejam mais leves que das outras doenças transmitidas pelo vetor, recentemente foi descoberta a relação entre o vírus e a gravíssima seqüela da microcefalia em bebês. Acredita-se também que ele possa estar relacionado com o aumento dos casos de Guillain-Barré, síndrome que se manifesta principalmente em fraqueza muscular ou paralisias.
-Macapá, 11 de Fevereiro de 2015-
Texto: Bernadeth Farias
Fotos: Adson Rodrigues
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- Criado: Quarta, 10 Fevereiro 2016 23:59