4ª Vara Criminal de Macapá realiza audiência com tradução em LIBRAS para deficiente auditivo
A 4ª Vara Criminal da Comarca de Macapá realizou mais uma audiência de instrução com a participação de um profissional intérprete de LIBRAS, em um caso de um réu deficiente auditivo, que se envolveu em roubo em via pública.
O intérprete Fernando Fernandes, do Centro de Atendimento ao Surdo no Amapá, destacou que participa pela segunda vez de audiência realizada na Vara Criminal de Macapá e disse que a tradução ocorre de forma simultânea, ou seja, quando no ato da sessão de julgamento, o tradutor faz as perguntas na linguagem de sinais de forma técnica e compreensível ao acusado, que responde a sua versão dos fatos utilizando a linguagem de sinais ao tradutor que repassa imediatamente de forma fluente e coerente a todos os presentes na audiência.
A defensora pública Márcia dos Santos Oliveira ressaltou a importância da participação do profissional tradutor da linguagem de sinais que garante o direito da ampla defesa do acusado e a permanente preocupação que a 4ª Vara Criminal de Macapá tem em todos os julgamentos que realiza.
“Estou participando pela primeira vez de uma audiência com a participação de intérprete da linguagem de sinais. Sabemos que são poucos casos como esse que acontecem em Macapá, porém o que importa é que a 4ª Vara Criminal de Macapá está respeitando o direito de defesa e do contraditório do acusado que é deficiente auditivo, e assim demonstra que o julgamento é transparente”, ressaltou.
O juiz titular da 4ª Vara Criminal de Macapá, Matias Pires Neto, frisou a necessidade da participação de um intérprete na audiência de instrução e julgamento e a colaboração decisiva dos tradutores cedidos pelo Centro de Atendimento ao Surdo do Estado do Amapá, tornando-se, assim, personagens indispensáveis, pois sem a presença do intérprete da linguagem de sinais a audiência não seria realizada.
“Já realizamos algumas audiências em casos de acusados que possuem deficiência auditiva e com a participação de intérprete da linguagem de sinais. Mas, tudo isso só é possível de acontecer quando a Coordenadoria de Educação Específica do Estado cede para nós esses profissionais que são altamente preparados e que nos auxiliam na resolução desses casos que envolvem pessoas surdas-mudas. O Judiciário percebe a necessidade destes profissionais que podem ajudar nessa comunicação, resultando sempre em um bom atendimento e uma eficiente prestação da jurisdição, garantindo o direito da pessoa que está sendo acusada de algum delito de se defender de forma ampla e transparente”, finalizou o magistrado.
Macapá, 16 de dezembro de 2015-
Texto: Dênis Santana
Fotos: Plácido de Assis
Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial
Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá
YouTube: TJAP Notícias
Flickr: www.flickr.com/photos/tjap_oficial
Instagram: @tjap_oficial
Programa Conciliando as Diferenças- Rádio 96.9 FM
Programa Nas Ondas do Judiciário- 630 AM
- Detalhes
- Criado: Quarta, 16 Dezembro 2015 14:34