Justiça leva ação de cidadania à Comunidade Terapêutica Monte Tabor
A Comunidade Terapêutica Monte Tabor ficou bastante movimentada com a presença da Justiça Itinerante Terrestre em diversos atendimentos que realizou aos internos do centro, em parceria com a Casa de Justiça e Cidadania, programa Pai Presente, MP Comunitário, Comissariado da Infância e Juventude, Polícia Técnica e órgãos federais. (VISUALIZAR FOTOS)
Um dos atendimentos foi uma solicitação extrajudicial de Cláudio Amoras Silva dos Santos (41 anos). Por causa do alcoolismo e envolvimento com a droga ele perdeu o emprego, o lar e a família. Há três anos no Monte Tabor, surgiu a oportunidade de emprego em uma hidrelétrica no município de Ferreira Gomes.
Apesar de possuir habilitação prática, faltava a habilitação técnica para ser admitido. Por esse motivo, perdeu a oportunidade de trabalho. Ele procurou atendimento e o responsável pela jornada, juiz Marck Willian Madureira, providenciou o encaminhamento para que o rapaz participe do curso pretendido, no Senai. “Estou muito feliz por esse encaminhamento e pela força que a Justiça está me dando”, agradeceu Cláudio.
As pessoas que chegam ao Monte Tabor são àquelas que estão em grupos de risco, e em completo abandono familiar e social. Há 24 anos com o lema “Resgatando Vidas”, o centro já atendeu cerca de 13 mil pacientes. Segundo informações do responsável pela entidade, o psicólogo químico Tom Sobral, 60% desse número foi recuperado.
Nesse período de funcionamento, famílias de internos foram se instalando para que a eficácia do tratamento fosse alcançada. Houve também a instalação na comunidade de alguns comércios de gêneros alimentícios.
Durante a Jornada Terrestre, os Comissários da Infância visitaram os estabelecimentos, entregaram panfletos e cartazes educativos e orientaram os proprietários dos estabelecimentos acerca das proibições, dentre elas, a venda de bebida alcoólica para menores.
Na itinerância, pelo menos 44 segundas vias de certidões de nascimentos foram solicitadas, registros tardios de nascimentos, cartões do Sus, registro de identidade, reconhecimento de paternidade e palestras educativas sobre assuntos previdenciários e trabalhistas.
O juiz Marck Willian destacou a relevância da ação, na medida em que o atendimento ao cidadão ocorre no seu próprio ambiente de convivência. “É a prestação da jurisdição in loco. O juiz sai do âmbito forense, de seu gabinete, para atender pessoas que estão distante dos olhos da sociedade. O Monte Tabor é uma comunidade de pessoas em recuperação, que tomou uma proporção enorme e precisa da assistência do Judiciário”, finalizou.
Macapá, 19 de Maio de 2015
Texto e fotos: Edson Carvalho
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- Criado: Terça, 19 Mai 2015 03:17