Vara de Família: diálogo e serenidade para resolver conflitos familiares
A juíza Joenilda Lobato Lenzi, titular da 3ª Vara de Família de Macapá, disse que é preciso muito diálogo e serenidade para resolver conflitos familiares nas muitas ações que tramitam na Unidade. Infelizmente, grande parte dos processos envolve conflitos entre pessoas que conviveram em harmonia e alegria. (VISUALIZAR FOTOS)
Essa condição exige do magistrado bastante sensibilidade para julgar, segundo ressalta a Juíza. Para ela, o universo processual que analisa, a maioria tem ligação à separação judicial; guarda de filhos; pensão alimentícia como carro chefe. “A postura do julgador é a de encontrar o caminho menos doloso, com o propósito de minimizar os conflitos que envolvem as partes”.
Preocupada, muitas vezes a Juíza Joenilda Lenzi chama as partes, em conversa particular, para sentir a profundidade da questão mal resolvida e encontrar o bom lide. Em grande parte, esse método tem produzido resultado satisfatório. Por meio do diálogo, explica ela, tem-se conseguido buscar a solução de maneira pacífica, sem maiores traumas aos envolvidos.
De acordo com a titular da unidade, o fato de dar o direito não quer dizer chegar-se ao fim do problema. O conflito que poderia acabar em uma audiência, por vezes o desgaste entre as partes se estende por anos. Para auxiliar nesses casos, a juíza conta com o apoio da equipe psicossocial do Fórum, que é responsável de fazer os estudos sociais que mostram a profundidade dos fatos que envolvem o lide.
Para os casos envolvendo divórcio ou a dissolução de união estável, a Vara pretende implementar, através da Central de Conciliação, no mais tardar em junho deste ano, a Oficina da Parentalidade, um projeto que poderá ajudar casais em vias de separação a criar uma relação afetiva e saudável com os filhos, em vistas a equacionar o abalo psicológico dos menores e trazer pacificação à família, visto que a separação extingue apenas o vínculo conjugal, mas não põe fim ao vínculo parental, em face da existência dos filhos gerados pelo casal.
Outra novidade será a criação de projetos de sensibilização a pais que pagam pensão de alimentos; a importância do compromisso que têm com os filhos. “Trata-se de um vínculo afetivo, familiar. É muito duro pra criança ou para o adolescente quando vê que o pai não se interessa de pagar a pensão, demonstra que o pai não tem nenhum interesse nele como filho”, reforça a titular.
Para a Juíza Joenilda Lenzi, a satisfação maior, como magistrada que labuta com causas de natureza familiar, é poder cooperar com as famílias que recorrem ao Judiciário a atenuar seus conflitos, de modos que o resultado prático reflita positivamente nos laços familiares.
Macapá, 30 de Maio de 2014
Texto: Edson Carvalho
Fotos: Adrielle Lopes
Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial
Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá
YouTube: Tjap Notícias
- Detalhes
- Criado: Sexta, 30 Mai 2014 07:50