No Juizado Norte, em tempos de conciliação conversar é o caminho
O Juizado Especial Norte de Macapá fechou sua programação na II Semana Estadual da Conciliação, com aproximadamente 400 audiências realizadas. (VISUALIZAR FOTOS)
O juiz Marconi Pimenta, titular do Juizado, entusiasta dessa modalidade, ressalta o empenho da Justiça quando ajuda duas partes, na mesa de conciliação, a compor de forma amigável um dano que precisa ser reparado. “Nossa principal preocupação é estimular as pessoas a resolverem algum conflito por meio da conciliação, através da conversa”.
Para o magistrado, muitas vezes quem deve tem boa vontade em resolver a pendência. Contudo, precisa de um estímulo que possibilite sanar a dificuldade. É em vista desse fator que o juiz garante, que no processo da conversa, o bom senso e a boa vontade sempre prevalecem. A composição acontece e as partes saem satisfeitas.
O juiz Marconi Pimenta conta que em certa audiência de conciliação, o pai de vítima em acidente falta no trânsito pediu apenas R$ 5 mil, parcelado em cinco vezes de mil reais. O atropelador relutou, não quis acordo e foi condenado, inicialmente, em R$ 50 mil só de danos morais. A dívida foi atualizada e chegou a R$ 80 mil. “Um belo dia”, diz o magistrado, “o carro dele – uma L200 – foi preso. Ele foi obrigado a pagar o montante que estava devendo”.
Por isso, o titular do Juizado alerta para os dissabores que a relutância em negociar pode produzir. Ele ressalta que conversar aproxima as pessoas e cultiva a cultura de paz. “Quem conversa nunca sai perdendo e resolve sem demora seu problema”.
Além das demandas de massa envolvendo o estado, e instituições bancárias, que cobram determinadas taxas que o STJ já considerou ilegais, muitas ações nesse período, estão vinculadas a acidentes no trânsito na Capital.
O juiz Marconi Pimenta destaca a luta que o Judiciário do Amapá vem travando há mais de 8 anos em campanhas por um trânsito mais humanizado. Nessa semana estadual da conciliação ele deixa um recado - “É fundamental que haja respeito no trânsito. Evita sofrimento e transtorno aos envolvidos, além de reduzir o alto número ações pedindo indenização. Implantar a cultura de paz é a melhor forma de prevenir conflitos”.
-Macapá, 30 de Setembro de 2013
Texto: Edson Carvalho
Fotos: Adson Rodrigues
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- Criado: Segunda, 30 Setembro 2013 06:36