Sem energia elétrica na região, Conciliação Itinerante garante atendimento e datilografa termos nas audiências em Itaubal do Piririm
A falta de energia no município de Itaubal, na manhã de quarta-feira (11), devido à manutenção na rede elétrica por parte da empresa CEA Equatorial, para retirada de vegetação, não foi motivo para a equipe do Programa de Conciliação Itinerante parar com os atendimentos. As audiências que acontecem no Posto Avançado da Justiça do Amapá foram realizadas de forma manual, colocando em prática o que as servidoras Nilce Ferreira, Patrícia Rodrigues, Célia Coutinho, Euzinete Bentes. Linda Miranda e os servidores Kleber Sotelo e Elivaldo Nunes aprenderam no passado com o uso da máquina de datilografia e texto manuscrito.
“Aqui tivemos o caso da mãe ribeirinha que veio com uma criança de colo de canoa, foi uma viagem de mais de uma hora e meia, para reclamar o pagamento da pensão alimentícia por parte do ex-marido”, registrou a supervisora do Programa Conciliação Itinerante, Nilce Ferreira, emocionada. “Nunca imaginei que fôssemos fazer o atendimento e resolver essa demanda usando a máquina de datilografia”, complementou.
Zequias Silva dos Santos, 35 anos, Adrielson da Silva, de 20 anos, e Danielson Herculano da Silva, 25 anos, moradores da comunidade de São Benedito, em São Joaquim do Pacuí, enfrentaram cerca de 50 quilômetros de estrada de chão e muita lama até o município de Itaubal para receber a certidão de comparecimento à Justiça – eles respondem a processos. “Foi muito bom não ter que voltar outro dia aqui, porque é longe onde moro. O documento que me deram, ainda que manualmente, já me deixa em dia com a Justiça”, declarou Zequias.
O som das teclas da máquina de datilografia durante o atendimento surpreendeu Victor Hugo de Deus Santos, 21 anos, e Eline Marinho do Rosário, de 22. Separados há um ano, eles buscaram a Conciliação Itinerante para conversar sobre pensão alimentícia para as duas filhas de 11 e 6 anos de idade.
“Fui bem recebida, mesmo sem energia, e fizeram de tudo para resolver meu caso”, declarou Eli. “Nossa conversa foi ótima e eu aceitei pagar a pensão para minhas filhas e comprar o material escolar no segundo semestre deste ano”, disse Victor.
Foram realizados cerca de quarenta atendimentos nas áreas do juizado cível, família e criminal. “Foi algo totalmente diferente do que estamos acostumados a fazer, mas pude testemunhar o esforço das colegas para atender a população”, ressaltou o servidor Elivaldo.
“Ao ver a máquina de datilografia e ouvir o barulho das teclas, a sensação foi de voltar ao tempo. Lembrei de muitos aprendizados em cursos, inclusive ingressei na minha profissão no governo do Amapá, como datilógrafa”, relembrou a servidora Patrícia.
- Macapá, 12 de maio de 2022 -
Assessoria de Comunicação Social
Texto: Ivaldo Sousa
Fotos: Paulo Cesar de Souza Gonçalves
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- Criado: Quinta, 12 Mai 2022 09:53