Em briga de marido e mulher você mete a colher? Intervenção Artística promovida pelo TJAP quis saber a reação das pessoas  

blitzintervencaooartistica_1.JPGComo você reagiria caso se deparasse com a cena de um homem agredindo uma mulher em plena via pública? Você se manteria neutro ou tomaria alguma atitude para impedir a violência? A reação de Gisele Lobato foi de ir para cima do agressor e tentar interromper a agressão. “Fiquei pensando, será que ninguém vai fazer nada? Então tive a coragem para evitar que algo pior pudesse acontecer”, contou. Gisele foi uma das pessoas que passavam pela orla de Macapá no momento em que o Tribunal de Justiça do Amapá promoveu um experimento social, no qual foi encenada uma briga entre um casal. A intervenção artística ocorreu na tarde de quinta-feira (12), dia estadual de Combate ao Feminicídio.

blitzintervencaooartistica_22.JPGA iniciativa teve como objetivo provocar reflexões e o diálogo entre a sociedade, sobre a violência contra as mulheres. A intervenção artística integrou a campanha Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher.

De acordo com o juiz Marconi Pimenta, titular do Juizado Norte, a ação inédita promovida pelo TJAP teve como objetivo despertar emoções no público e analisar o comportamento do cidadão diante de uma agressão à mulher. “Foi uma ação impactante e positiva, pois vimos a revolta de todos os que acompanharam a encenação, ou seja, ficou clara a mensagem de que a nossa sociedade não tolera mais atos de violência contra as mulheres”, destacou.

A ação foi encenada pelos atores Roberta Picanço, Richene Amim e Airton Silva. No papel de mulher agredida, Roberta ressaltou a importância da intervenção como mudança de perspectivas e quebras de paradigmas. “Por meio deste experimento social, plantamos uma sementinha para quebrar aquele velho ditado e dizer que em briga de marido e mulher, a gente mete a colher sim, denuncie!”.

Para Airton Silva, ator que interpretou o homem agressor durante a ação, revelou a apreensão ao viver um papel tão desafiador. “Foi  um grande desafio interpretar algo que tanto condeno, e ao mesmo tempo que me senti apreensivo por alguma reação mais calorosa, fiquei muito satisfeito por ver que as pessoas tomaram a atitude para repreender o agressor”.

Além do dia estadual de combate ao Feminicídio, o dia 12 de agosto é também o Dia Nacional das Artes.

A atriz Richene Amim, que contracenou como a amiga da vítima, ratificou a importância da arte como instrumento de transformação social. “Juntamos as duas datas celebradas neste dia e pudemos levar até o cidadão um apelo para que possamos um dia erradicar esse mal que, ainda, tanto aflige nossas mulheres”, concluiu.

- Macapá, 13 de agosto de 2021 -

Assessoria de Comunicação Social

Texto: Mauricio Gasparini

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